terça-feira, 5 de julho de 2011

Um Pequeno Desabafo... E Agradecimento!

Olá queridas leitoras. (Sempre quis falar isso –q)

É o seguinte, há quase dois anos atrás, eu comecei a escrever essa fanfic, num dia de tédio, forever alone, e enfim!


Quando a postava no Nyah, eu era uma pessoa xarope, vivia descontando os problemas pessoais nas pessoas virtuais e afins, até que chegou alguém pra me derrubar e me fazer rever meus conceitos, pena que esse alguém, assim como me ajudou a deixar de ser xarope, levou também a minha paixão pela escrita!

Não posto mais fanfics no Nyah por um simples motivo, “sofri bullying” no site por uma moderadora. Motivo? Ela APOIA o lance de twincest e eu não, e da mesma forma que ela divulgava que apoiava, eu também divulgava o meu “contra” na história. Foi daí que tudo começou.

Ela passou a me ofender via MP, dizendo que escrevia mal, que minhas histórias tinham personagens de vidas duvidosas e enfim.

Não foi fácil pra mim, se misturaram problemas que na época me machucavam muito e as ofensas dessa menina e aí tomei a atitude de excluir minha conta do Nyah. Ganhei muitas inimigas devido a isso.

Eu tinha cerca de 10 fanfics no site, e algumas pessoas acharam minha atitude egoísta. Sem saber do real motivo!

To escrevendo isso como uma forma de desabafo, e se você leu a ADM anos atrás e está lendo agora novamente, verá o real motivo!

Só agora consigo falar do assunto sem me sentir envergonhada. Sei lá, essa menina deve ter algum problema, por que mesmo depois de quase dois anos, ao tentar voltar pro site, ela me “atacou” novamente.


Nyah pra mim, morreu!



Nunca quis ser uma grande “escritora”, escrever pra mim era como uma fuga, eu sumia um pouco da vida real pra entrar num mundo diferente, mas HOJE, isso se tornou um tormento.

Nem sei se alguém lerá esse meu “desabafo”, mas eu precisava disso.



Obrigada a vocês que comentaram e aos anônimos que vieram aqui todo dia dar uma lidinha!

Vocês são uns lindos!

Beijos,



Alessandra Lucena.

Capítulo 50 - The Power Of Good-Bye



Seu coração não está aberto, por isso eu devo ir
O encantamento foi quebrado, eu te amei tanto
Você foi minha lição, eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza...

Não há nada mais a perder
Não há mais coração para machucar
Não há maior poder
Que o poder do adeus...



Madonna - The Power Of Good-Bye




Assim que Georg me colocou no chão, com dificuldade corri até Gustav ainda com o diário nos braços, ele estava dormindo, mas aquele momento não era hora para descansar.



-Gustav meu irmão, precisamos sair daqui o mais rápido possível! – o acordei.

-Sair daqui? Não mesmo senhorita, o mocinho não pode sair do quarto...

-Presta atenção, acabei de ser ameaçada de morte, e se eu morrer meu irmão também morrerá, pois é devido a um ciúme idiota de Bill que fui ameaçada! – interrompi a enfermeira segurando na gola de sua blusa.

-Mas... Mas ele não pode sair nessa situação senhora...

-Daremos um jeito!



Gustav já estava de pé, com certa dificuldade vestiu-se e foi até o banheiro.



-Anne já pedi ajuda ao Leo e Mateus... – começa Georg me fazendo o interromper.

-Ta louco? E se eles...

-Não Anne, eles não falarão nada!



A voz de Tom me gelou no mesmo instante, Georg o olhou assustado e eu não consegui lhe encarar e abracei com mais força o diário.



-Você precisa sair daqui Julie, Bill está possesso, nunca o vi daquela forma, no mesmo tempo que ele chora, ele promete a si mesmo que irá te matar, to preocupado tanto com ele quanto com você! – diz pegando em minhas mãos. –O que ele fez com você? – pergunta vendo sangue em minhas mãos.



Cheguei perto de sua boca, queria sentir seu hálito, esse que cheirava morango, com certeza havia comido antes de vir falar comigo.

O olhei profundamente, deixei lágrimas brotarem em meus olhos, fechei os olhos pela ultima vez respirando fundo.



-O que sente por mim Tom? – perguntei o ignorando, voltando a abrir os olhos.

-Eu te amo Julie, mas amo você como Julie, por que fui o primeiro a saber quem verdadeiramente você é! Eu te amo Julie Reverbel! – diz segurando o choro.

-Eu também te amo meu anjo, o anjo que me salvou diversas vezes, que escondeu coisas que nunca poderia ser ditas para Bill, mesmo não escondendo quem verdadeiramente sou, mas que o convenceu a não fazer nenhuma maldade comigo! Você é tudo pra mim Tom! Tudo!

-Promete que não vai pra muito longe?

-Não sei Tom, to com medo dele...

-Ele vai se acalmar Julie é coisa do momento, ele não queria descobrir que você tinha algo a ver com a Selma, aquela vadia tentou a todo custo matar minha mãe e ainda por cima matou meu pai...

-Espera! – o interrompi lembrando-me de uma cena ocorrida ha alguns dias atrás. –Se Bill conhece Selma, por que só surtou hoje? No dia que nos encontramos no restaurante, ela estava comigo! – finalizei confusa.

-Ele disse que ela estava lá com você, e realmente não entendeu, mas me disse que vocês fizeram besteiras no banheiro e acabou esquecendo que tava com raiva por vê-las juntas! – responde revirando os olhos, eu sorri de canto lembrando-me da cena, mas ao ver meu sangue em minhas mãos voltei à realidade.

-Eu vou embora Tom, irei sumir por alguns tempos, manterei contato com você, se ele se acalmar, posso pensar em voltar, mas pra ficar com você, Bill me machucou demais, não temos mais volta! – exclamei rapidamente vendo Georg e Mateus ajudar Gustav.

-Por que ele irá junto? – pergunta achando estranha a cena.

-Tom, Peter que na verdade é Gustav, é meu irmão e isso só descobri no hospital! – lhe confessei vendo seu olhar mudar de expressão.

-Quanta loucura em tão pouco temp...



Tom foi interrompido pelo barulho ensurdecedor de um tiro, ele me olhou mais do que assustado e pegando-me em seu colo me levou até o carro onde Georg, Gustav e a enfermeira nos esperava.



-Vai embora e por favor, não deixe de me ligar, te amo demais Julie... – mais uma vez ouvimos um tiro.

-Vamos logo Julie! – grita um Georg desesperado.

-Eu também te amo, escrevi algo para você no fim desse diário! Adeus Tom!



Meus olhos se encheram de lágrimas, o olhei profundamente e antes de entrar de vez beijei, beijei como nunca lhe havia beijado em todo o tempo que estive nessa casa.



-Te amo! – sussurrei deixando uma lágrima cair, Tom a beijou antes que caísse no chão.



Entrei no carro e já aos prantos despedi-me dele com um aceno, Georg pisou fundo e menos de segundos a imagem de Tom tornou-se quase que impossível de se ver até desaparecer, já estávamos pegando estrada...



***




Tom não acreditava que a primeira mulher por quem se apaixonou havia acabado de sair de sua vida, uma lágrima caiu de seu olho, esse olhou para baixo inconformado, Bill havia ferido a mulher que ele amava e isso nunca seria perdoado.

Olhou para o diário que estava em sua mão, enxugou o rosto e entrou para casa, foi direto para seu quarto.



Diário de Anne Kirsten.



Talvez essa seja a ultima vez que escrevo em você querido diário, to escrevendo tão rápido que talvez seja quase impossível de se entender, aliás hoje já não me preocupo em deixá-lo por aí, Bill e Tom já sabem meu segredo.

Acabei falhando na vingança por meus pais, isso é tão triste.



Bom, vou escrever aqui pela ultima vez o que estou sentindo.

Hoje Bill fez algo que nunca pensei que faria contra mim, me abusou e ameaçou tão convictamente que iria me matar que pude perceber algo, ele não me ama, como uma pessoa pode amar alguém fazendo o que fez?

Enfim, sei que existe loucos obcecados que fazem coisas dizendo que foi por amor, mas nada justifica o que ele fez.


Tom...



Minha intenção era te entregar esse diário, quero dizer-lhe que tudo o que passei ao seu lado, foi à melhor coisa da minha vida, você é incrível no que faz, por favor, não volte às drogas, você é um homem tão lindo, tão perfeito que não merece morrer com uma overdose qualquer.



Olha, nunca desconfie do amor que sinto por você, hoje percebo o quão fui errada em não lhe dar mais atenção, estive cega durante todo esse tempo, mas é você quem eu deveria ter amado com mais intensidade.

Tom: meu lindo anjo. O anjo que me fez ir às nuvens no país em que nasci, o anjo que me ajudou a esconder as provas do meu primeiro assassinato, oh Tom, como eu queria poder ter mais tempo com você...



Tenho que parar agora, te amo, hoje e pra toda eternidade...



De sua: Julie Reverbel!



As lágrimas escorriam do rosto de Tom com intensidade, ele sofria por ter perdido sua princesinha, sua protegida.

Sem ter vontade de ler o restante do diário, se agarrou ao mesmo e chorando em silêncio, se deitou pegando num sono profundo...



***



-O que pretende fazer Julie? – pergunta Gustav tirando Julie de seus pensamentos.

-Sairemos do país! Aliás, Georg e nossas novas identidades?

-Pegarei amanhã, podemos sair amanhã mesmo do país!

-Ok, já sabe quais serão nossos nomes e nacionalidades?

-Não, o cara que faz esse tipo de identidade falsa, pega nome verdadeiros, porém de gente pobre ou que morreu como indigente, eles pesquisam muito pra saber quem é verdadeiramente as pessoas que não tem muito “valor” no país referente!

-Ótimo, tendo novas identidades, pra mim está maravilhoso!

-Pretende voltar Julie? – pergunta Gustav.

-Não, não quero mais voltar a esse lugar, nem tão cedo!



Fomos para um hotel passar a noite, a enfermeira que nada falava cuidou dos ferimentos de Gustav lhe dando um remédio para adormecer.

Georg e eu também tentamos dormir, eu pelo menos não tive muito sucesso em minha tentativa...



Amanheci junto com o lindo sol que nascia no horizonte.

Meu rosto estava inchado devido às lágrimas que rolaram durante toda noite, Bill e Tom não saiam da cabeça, desejei durante toda essa noite não ter me apaixonado pelos os dois.

Mas aconteceu, e tudo ao mesmo tempo em que foi ruim, foi tão bom.

Fui para o banheiro, tomei um banho longo e relaxante de banheira e me troquei para ir até o quarto de Georg pergunta-lhe das novas identidades.



-Bom dia Julie! – deseja me encontrando no corredor.

-Não amanheceu muito bom, mas então, quando poderemos pegar as identidades?

-Agora mesmo estou indo lá, não precisa vir comigo!

-Ok! Vou descansar mais algumas horas, mas antes vou ver Gustav!



Entrei em seu quarto abrindo um largo sorriso!



-Já acordado uma hora dessas?

-Acho que só dormi por que Marta me deu aquele sonífero!

-Marta?

-A enfermeira! – responde apontando para a moça sentada assistindo TV.

-Ah ok, e você como amanheceu? Está melhor?

-Sim, não tenho tanta dor como ontem...



Gustav foi interrompido por seu celular, o peguei na mesinha, era Eva... Ou melhor, Selma.



-Posso atender?

-À vontade!

-Alô?

-Desgraçada, maldita, filha de uma put...

-Nossa Selma, sua mãe não lhe ensinou o respeito não?

-Vadia você matou meu filho...

-Corrigindo: Os Kaulitz mataram seu filho! E ele merecia não querida? Mexeu com a mulher errada, e isso talvez tenha sido pouco, eles deveriam ter arrancado seu membro e o deixado agoniar até sua morte!

-Cala a boca vagabunda, eu juro Julie, que vou te caçar nem que seja no quintos dos infernos, e acabarei pessoalmente com você!

-Ok Selma, faça o que bem entender! Nós veremos no inferno! – desliguei o celular debochadamente.



-Ela te ameaçou não é?

-Novidade alguém me ameaçar por algo! – respondi revirando os olhos.

-Deu tudo errado, que merda! – resmunga decepcionado.

-Gustav meu irmão, pelo menos não saímos de mãos abanando, tenho em posse várias fábricas e residências de Gordon, que logo passarei para o novo nome!

-Isso é verdade, mas aliás onde estão os documentos que comprovam que você é dona das propriedades de Gordon?

-Estão guardado num banco, eu mesma fui até lá guardá-los!

-Você está feita na vida com essas propriedades...

-Não meu querido, nós estamos feitos na vida, inclusive Georg!



Passamos o resto da manhã conversando e planejando nosso novo futuro.

Georg assim que chegou com novas identidades fez os pedidos das passagens por telefone...



***



Bill acordou estranhando a falta de Julie ao seu lado, passou a mão em seu rosto o sentindo inchado, levantou-se e foi até o banheiro.



-O que você fez? – pergunta para seu reflexo no espelho.

-O mesmo eu te pergunto! O que você fez Bill? – Tom o assustou com sua presença repentina.

-Diz pra mim que foi um sonho Tom? Melhor, um terrível pesadelo! – pede Bill num sussurro desesperado.

-Não Bill, você a maltratou... – começa num tom de voz calmo. –Você simplesmente a fez sumir dessa casa pra sempre, foi um idiota, um louco, você tem noção do que fez com ela Bill? Você a violentou, fez igual ao imundo que a violentou da primeira vez, eu vi o sangue nas mãos e roupas dela você foi um porco miserável, ela não merecia aquilo, por mais que tenha mentido, ela NÃO MERECIA! – finaliza o gêmeo revoltado gritando com o irmão que se encolheu do lado da banheira colocando as mãos em sua cabeça.

-Não era eu Tom, juro que não era eu, eu tava cego pelo ciúme, merda eu não queria ter feito aquilo, eu amo aquela garota, sou louco por ela!

-Não parece, aliás, parece ser louco sim, mas um louco obcecado! Você acabou com a minha vida, eu durante todo esse tempo aceitei calado dividi-la com você, só pra não perdê-la e olha agora, a perdi de vez! – Tom não segurou e se sentou encostado na parede começando a chorar.

-Ela nunca vai me perdoar, por que fiz isso? – Bill compartilhou do choro com seu irmão.

-Eu te odeio Bill! – sem pensar em suas palavras Tom se levantou e saiu do banheiro o deixando sozinho em meio a lágrimas...



***



-Adorei meu novo nome! – forcei um sorriso.

-São realmente diferentes! Mas e aí, que horas sai o vôo? – pergunta Gustav tentando se levantar.

-As 21h! – responde Georg.



Meu coração se encolheu dentro do peito, as 21h00min estaria voando para outro país, e simplesmente fingiria que nada aconteceu nesses últimos dias, coisa impossível de fingir.



-Julie você está bem? – pergunta Georg me vendo com cara de mosca morta.

-Sim... Sim estou bem! – respondi mais uma vez forçando um sorriso.

-Bom você terá de usar algo pra se parecer com essa nova mulher! – diz Georg me mostrando o novo passaporte.

-Uau, o que photoshop não faz na pessoa hein? Meu cabelo ta tão diferente!

-E terá de mudar a cor dos olhos também! – avisa Georg apontando para outro documento importante.

-Ok vocês esperam aqui que vou comprar uma peruca, quando chegarmos nesse país, mudarei completamente o visual! – afirmei pegando minha bolsa que Victor mandou por Mateus que foi pegar o carro dos Kaulitz no hotel em que estávamos...



***



-Tom? Tom? – grita Bill descendo as escadas correndo procurando por Tom.

-O que é? – pergunta indiferente sentado no sofá olhando para o nada.

-O GPS, ela deve estar com o anel ou a gargantilha...

-Esquece Bill, você não percebe que foi por sua causa que ela foi embora? – grita Tom indignado.

-Não vou desistir Tom, nem que não a tenho mais ao meu lado, mas encontrei Julie!



Assim sendo Bill saiu correndo atrás de Victor, ao encontrá-lo o mandou ligar o GPS de Anne, porém para seu desgosto Victor constatou que suas jóias estavam na mansão.



-Olha Bill, não sei se estarei fazendo certo, Tom poderá me matar, mas eu sei onde Julie está...



***



Entrei num salão de cabeleireiros chique de Hamburg, queria pedir informações sobre alguma loja de perucas, mas acabei encontrando ali mesmo.



-É cabelo naturalissímo, de ótima qualidade, essa aqui por exemplo é super virgem! – explica um biba todo alegre.

-Ah ótimo, na verdade não me importo se é cabelo de verdade ou na...

-Ahhhh, como assim? Mona se você sair com um cabelo artificial por aí, é óbviooo que vão reconhecer de cara! Leva essa super fashion e sensual! – a biba realmente conseguiu me assustar com aquele grito finérrimo.

-Ah ok, ok! Levarei aquela! – apontei para a cor desejada.

-Ótima escolha princesa! – diz por fim pegando a peruca na vitrine.



Assim que saí da loja, fui até uma de roupas, comprei algumas bem joviais e diferente do meu estilo normal de sempre.

Voltei para o hotel, tomei um banho e deitei-me esperando à hora passar...



***



-Aonde vai? – pergunta Tom vendo Bill todo arrumado.

-Atrás dela! – responde convicto.

-Você só fará as coisas piorarem Bill, você abusou dela...

-Não era eu porra, estava extremamente cego pelo ciúmes, e irei provar que a amo! – grita Bill o interrompendo.

-Ok, vá lá, só digo uma coisa, se machucá-la novamente, eu acabo contigo! – avisa Tom apontando o dedo no rosto de Bill.



O gêmeo mais novo nada respondeu, apenas pegou suas chaves e saiu com seu carro, Tom não conformado foi atrás do mesmo...



***



-Julie? Julie? – grita Georg batendo na porta de Julie.

-Ain caraca, perdi a hora! Já estou indo, vou apenas me trocar! – avisa a moça assustada com a hora 20h15min o vôo sairia as 21h00min.



Julie rapidamente trocou-se, arrumou a peruca e fez um make-up forte.

Saiu pelo corredor correndo, somente com a bolsa de lado, aliás, era apenas aquilo que lhe restara.

Encontrou com Gustav e Georg lhe esperando na entrada do elevador, a enfermeira já havia sido liberada por Georg que lhe fez o pagamento e avisou-lhe que nada do que vira poderia ser dito á alguém, caso o contrario, aquilo lhe custaria à vida.



Os três saíram tranquilamente após fazer o pagamento da estadia, pegaram um táxi e rumaram para o aeroporto.

No meio do caminho o celular de Gustav tocou esse que revirou os olhos ao ver de quem se tratava.



-Selma? Deseja se despedir dela? – pergunta com um sorriso de deboche.

-Claro, por que não?! Fala querida?

-Pensou mesmo que sairia do país sem meu presentinho Julie? – pergunta com uma voz de psicopata.

-E qual seria seu presente querida?

-Olhe para trás!



Julie fez o que Selma lhe indicou.

Não podia acreditar, Selma realmente estava logo atrás, e o pior de tudo era que o taxi percorria uma estrada quase que deserta que levaria até o aeroporto daquele ponto da cidade.

Julie não se amedrontou, pediu para o taxista acelerar e mandar ver no volante...



***



Bill parou na frente do hotel onde Victor lhe informou que Julie estaria hospedada.

Estacionou seu carro na frente do luxuoso prédio e logo adentrou o lugar.

Tom estava logo atrás, ao ver o carro estacionar esperou por alguns instantes até Bill ter tempo de subir se fosse o caso de conseguir falar com Julie.



-Boa noite senhor, o que deseja? – pergunta a recepcionista educadamente.

-Anne Kirsten se hospedou aqui ontem a noite?

-Só um instante! – a moça então começou a vasculhar em seu computador. –Ela estava sim hospedada aqui, porém fechou sua conta há aproximadamente uns 20 minutos!

-O que? E sabe pra onde foi? – pergunta um Bill inconformado.

-Bom senhor, um dos rapazes que estava com ela fez um pedido de um táxi, quando desceram pude ouvir um deles comentando que iria para um aeroporto...



A moça não teve tempo de terminar, Bill saiu correndo indo para o aeroporto mais famoso de Hamburg, sendo seguido por Tom que achou estranho sua atitude...



***



-Ótimo Selma, o que quer? Matar-nos? Tenta a sorte! – provoca Julie observando o olhar de espanto do taxista.

-Não me provoque Julie!

-Provocação? Imagina!

-Ok, seja bem debochada, precisará levar seu ótimo humor pra onde vai... O inferno...



Selma não poupou esforços, acelerou seu carro chegando bem perto do taxi onde estavam.



-Essa louca vai acabar nos matando Julie! – grita Gustav entrando no desespero.

-Calma Gustav! Hey moço, acelera o máximo que puder, que tipo de segurança seu táxi tem?

-A única coisa que posso dizer é que tem airbag, porém contra uma louca dessas não sei se será suficiente! – responde o taxista desesperado.

-Acelera mais! – pede Julie num grito sentindo o carro de Selma bater mais uma vez no taxi.



A estrada vazia talvez tenha lhes ajudado, o taxista fazia movimentos de zigue zague tentando despistar aquela doida, porém foi num desses movimentos que Selma foi bem mais inteligente, seu carro os empurrou para fora da estrada.

Entraram numa mata aberta, o carro estava descontrolado, o taxista desesperado não sabia ao certo o que fazer, foi quando perceberam que estavam indo para um penhasco, esse protegido com uma barreira de madeira para que as pessoas que fazem trilhas observarem a linda paisagem que ali havia, só puderam ver do que se tratava pelo farol alto do carro, que sem controle rompeu a barreira e caiu morro abaixo...



Selma parou seu carro na beirada da estrada, queria ver de perto a desgraça ocorrida com Julie e Cia...



Bill acelerava ao máximo seu carro, já havia percebido que Tom estava lhe seguindo, e isso para ele tanto fazia.

Estava em total pensamento em Julie, queria lhe pedir perdão, lhe fazer voltar para casa, porém seus pensamentos foram interrompidos por uma grande explosão logo a sua frente, viu um carro parado na beira da estrada, passou por ele sem dar importância, olhou em seu retrovisor e pôde avistar Tom parando adentrando a mata, sentiu um grande calafrio percorrer seu corpo, parou o carro, deu a volta e estacionou onde os carros estavam parados.

Assim que chegou viu seu irmão parado na beira do penhasco que ali havia, e logo atrás Selma rindo exageradamente.



-Acabou! Sabe quem estava nesse carro? – pergunta parando de rir. –Julie, Gustav e Georg... – continua falando apenas para Tom, ela ainda não havia percebido a presença de Bill logo atrás.

-Maldita! – grita Bill pulando em seu pescoço.



Tom não se movia, apenas observava o fogo consumindo um carro logo abaixo, suas lágrimas estavam presas nos olhos, não queria deixá-las cair, virou-se para Bill e não teve escolhas, levantou-se pegando a arma na cintura e empurrando o seu irmão para o lado deu dois tiros certeiros na cabeça de Selma...



Três dias depois...



A voz do padre que ministrava o enterro dos três jovens ecoava pelo imenso cemitério, apenas Bill e Tom juntamente de Leo, Victor e Mateus estavam presentes no local, os caixões tampados dava dor na alma dos gêmeos que queriam pelo menos naquele instante ver pela ultima vez o rosto de sua amada, não puderam, os corpos com queimaduras de 3º grau não era permitido ver bem os corpos desfigurados.



Tom e Bill choravam em silêncio, seus olhos inchados não se dava pra ver atrás dos óculos escuros que lhes tampavam o rosto.



Aquele sim foi o pior momento para os dois, o momento de ter que velar a mulher que ambos amaram, e que levarão para o resto de seus dias em pensamento.



...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Capítulo 49 - Give In To Me



"Ela sempre suporta tudo com coração de pedra
Porque tudo o que ela faz se volta para mim
Levei a vida inteira
Procurando por alguém
Não tente me entender
Simplesmente faça
O que eu digo..."


Michael Jackson - Give In To Me




Depois de muito chorar decidi ir ver o único que me consolaria, desci sem que Bill visse e fui para a pequena casa que tinha os quartos dos rapazes que trabalhava para os gêmeos.



-O que faz aqui? Bill te proibiu de me ver! – pergunta Gustav se assustando com minha presença.



Fui direto para seu colo chorar, queria sentir seu cheiro confortador, sentir suas mãos em meus cabelos me apoiando naquela hora.



-Richard está morto!

-O QUE?

-Eles o mataram, mas não é por ele que estou assim!

-Então qual é o motivo?

-Antes de morrer ele disse tudo para o Bill, e ele lógico não gostou de nadinha! – respondi começando a me acalmar.

-Que merda, ele falou algo sobre mim?

-Não...

-Anne! – fui interrompida pela voz de Bill me procurando do lado de fora.

-Vai Anne, se ele te ver aqui vai acabar contigo, e eu minha irmã não estou muito bom pra te ajudar nesse momento! – diz fazendo uma careta de dor.

-Ok... Te amo irmãozinho! – exclamei sorrindo de canto indo lhe beijar a testa.



Saí correndo tentando não estar na casa quando ele se aproximasse, mas já era tarde, Bill estava me esperando na porta.



-Como quer que eu confie em você com esse tipo de atitude? – pergunta encostado á porta de entrada.

-Bill...

-Vamos para meu quarto! – ordena não me deixando terminar.



Passei perto dele temerosa, comecei a andar sendo seguida por ele em silêncio, fui direto para seu quarto.



-O que tem com Peter? – pergunta sério trancando mais uma vez a porta.

-Amizade! – respondi com a voz baixa.



Por mais que eu quisesse, não queria dizer que Gustav também estava naquele rolo todo, na condição que estava uma tentativa de ‘castigo’ de Bill poderia matá-lo.



-Amizade! – pensativo, começou a andar de um lado para o outro pacientemente se aproximando lentamente de mim. –A quem pensa que está enganando? – pergunta enfiando suas mãos em meu cabelo suavemente.

-Bill não estou te enganan...

-Acha que devo confiar em você Julie? – pergunta puxando o cabelo com força.

-Nã-não Bill, não me bata, por favor! – pedi com os olhos já molhados.

-Te bater? Não havia pensado nisso... – começa me cheirando o pescoço como um maníaco. –Você é tão cheirosa Julie, pena que esse cheiro sumirá!

-Sumirá? Do que está falando?

-Você não tem noção do que um homem enciumado é capaz de fazer pra não ver mais a mulher que ama o traindo, te amo tanto que prefiro vê-la morta do que nos braços de outro homem! – responde ainda me tocando como um maníaco.

-Bill, por favor, não tenho nada demais com ele...

-Não piore as coisas Anne! Oh minha querida Anne, te amo tanto! – diz dessa vez acariciando meus seios. –Preciso ter minha ultima noite com você antes de matá-la. Matá-la pela traição, por mentir durante todo esse tempo, por não confiar em mim como eu confiei em você... Não quero mais sofrer com esse seu rostinho bonito...



As lágrimas já não se agüentavam presas em meus olhos fechados pelo medo, caiam sem parar, Bill estava parecendo um louco obcecado, estava extremamente convicto em suas palavras.

Naquele momento eu só pensava em uma coisa: Fugir dali.

Mas ele não deixaria, não tão cedo...



Bill me jogou na cama, foi até seu criado mudo e pegou uma arma, deitou-se por cima de mim apontando aquela arma gelada em minha cabeça.



-Poderia te matar agora, mas quero tê-la pela ultima vez...



Dito isso Bill começou a tirar minha roupa desesperadamente, não via excitação naquele momento, meu medo e minha angustia aumentava cada vez mais.



-Se tentar se esquivar levará um tiro no meio da testa aqui em meu quarto mesmo!



Aquilo parecia um tormento, a cena da primeira vez que fui abusada me veio à cabeça e junto um choro alto e desesperador ecoou na garganta, Bill me rasgava sem dó, não era ele, não era aquele homem doce e carinhoso que às vezes me dava todo o prazer que nunca senti na vida.

Ele me machucava mesmo ouvindo meu choro angustiado, mesmo ouvindo meus pedidos por clemência, me agredia a cada pedido, dava socos e tapas em meu rosto sem dó, senti o sangue escorrer de mim devido à brutalidade que ele me penetrava, aquilo mais uma vez acabou comigo, principalmente vindo da pessoa que mais amei na vida, vindo de Bill Kaulitz, o grande amor de minha vida.



Quando terminou todo o abuso, levantou-se e se sentou na cama de costas para mim, deixando suas lágrimas escorrer, eu já não tinha força para gritar nem para chorar, meus sentimentos já haviam morrido junto do amor que senti por ele durante esses últimos meses.



-Vai embora antes que eu te mate de vez! – ordena chorando.

-Por que fez isso Bill? – perguntei num sussurro dolorido.

-Vai embora Anne, esqueça essa vingança estúpida e vá embora antes que morra como seus pais! – ordena mais uma vez secando suas lágrimas.



Levantei-me com certa dificuldade, estava dolorida devido ao abuso, o choro voltou mais forte enquanto vestia minhas roupas, não peguei nada que me pertencia, apenas saí de seu quarto mancando e sangrando.

Estava preparando para descer, mas não podia deixar de pegar meu diário, fui com dificuldade até o quarto de hospedes, o peguei na malinha e rapidamente comecei a fazer aquela que poderia ser minha ultima escrita se não saísse dali rapidamente.

Após terminar desci me arrastando devido a dor, fui em direção ao quarto de Gustav com o diário nas mãos, por sorte encontrei-me com Georg no meio do caminho.



-Anne o que houve?

-Precisamos sair daqui, Bill me ameaçou de morte se não for embora, Georg, peça ajuda para tirar Gustav daqui e vamos embora!

-Foi ele quem fez isso com você? Foi Bill?



Nada respondi, apenas voltei a chorar, Georg me pegou no colo e levou-me para perto de Gustav...



A tradução dessa música diz muito sobre o capítulo! *cry*
Ai que dor no coração. *isso estou sentindo pela 2º vez*.
Quase dois anos atrás, eu cheguei a chorar quando essa fanfic acabou, muita viadisse né?
Mas chorei pelo fato de não ver mais os comentários tão fofos das leitoras. :'(

Creio que domingo postarei o final! D:
Beijos.