terça-feira, 31 de maio de 2011

Capítulo 34 - A Festa (Parte 1)




Mas alguma coisa aconteceu
Pela primeira vez com você
Meu coração derreteu pelo chão
Achei alguma coisa verdadeira
E todo mundo está olhando
Achando que estou ficando louca


Leona Lewis - Bleeding Love




Os dias passaram rápido, depois daquela noite com Bill ainda tive uma maravilhosa com Tom e assim sucessivamente.

Hoje, um dia antes da festa estou aqui em pleno meio do shopping mais badalado de Hamburg tentando encontrar o vestido perfeito.

Entrei em várias lojas de grifes tentando encontrá-lo, mas foi ao entrar na pequena, porém não menos luxuosa loja da Dolce & Gabbana que me deslumbrei com um lindo e micro vestido rosa bebê com brilhantes nas bordas, pedi para moça o modelo para experimentar.

Vestiu como se tivesse feito somente e exclusivamente para mim.



Seu modelo era fantástico, a borda do decote generoso era coberta por pequenos brilhantes cuidadosamente sobrepostos no tecido de pura seda, as costas ficaria totalmente nua e ao chegar ao quadril, mais uma porção de brilhantes rodeavam minha fina cintura deixando o farto bumbum estonteantemente mais sexy do que o normal.

Comprei de imediato.



Saí da loja de vestidos e fui para uma de máscaras, para mim comprei uma rosa e preta para combinar com o vestido, para Bill uma preta e vermelha bem masculina e para Tom, uma branca com detalhes pretos, pois com certeza no mínimo alguma blusa enorme branca ele usará nessa festa.



Comprei mais alguns acessórios básicos e voltei para casa.



-Decidiu aparecer, princesa? – perguntou Tom assim que me viu entrar na casa.

-Uma hora eu teria de encontrar esse bendito vestido! – sorri.

-Hmm, não é longo não né? Quero ver suas pernas de fora! – brinca sorrindo subindo comigo.

-Amanhã você verá e, aliás, aqui está sua máscara! – dei-lhe a máscara.

-Que boiolagem é essa? – pergunta olhando para a máscara, incrédulo.

-Sua máscara, Bill não te disse que será uma festa de máscaras? – perguntei parando no meio da escada.

-Não, que coisa mais gay, as roupas pode ser as nossas normais né? – levantou uma sobrancelha em dúvida.

-Sim, mas vê se não exagera ta, Tom? Essas suas roupas me dão nos nervos, não sei pra que esconder esse corpo maravilhoso! – comentei mordendo os lábios, olhando para ele que também me oferecia um olhar sacana.

-Se quiser tiro pra você no quarto! – diz me prensando no corrimão da escada.

-Não Tom, agora não! – o afastei com medo de alguém aparecer.

-Olha vai perder a oportunidade? – pergunta passando a mão no corpo me fazendo rir.

-Não, digamos que pouparei minhas forças para amanhã! – finalizei voltando a subir ainda o olhando maliciosamente.



Assim que entrei no quarto vi Bill sentado na cama lendo um livro, guardei as coisas, vesti minha micro camisola e me sentei ao seu lado.



-Depois você vê sua máscara! – comentei interrompendo sua leitura.

-Uhum! – “resmunga” sem ao menos me olhar.

-Ta ansioso? – tentei mais uma vez.

-Não muito! – responde frio.

-Ain Bill, nem um pouquinho? – perguntei dessa vez deitando por cima do livro.

-Anne, dá pra sair de cima? – pergunta me olhando.

-Não! – respondi colocando uma de suas mãos em minha coxa.

-Ta ok! Estou sim ansioso, não tive acesso à bendita lista de convidados, estou com medo dessa sua lista! – diz tirando rapidamente sua mão de minha coxa e se levantando.

-Relaxa Bill, só irá gente de confiança! E outra a festa é de menos, o que realmente eu quero que você goste, é do meu presente! – comentei deitada de bruços olhando para ele.

-Seu “presente” me dá mais medo ainda! – brinca entrando no banheiro.

-Você vai gostar, pode ter certeza! – finalizei puxando o cobertor para cima de mim.



Ainda estava cedo, mas o cansaço bateu mais forte, em poucos segundos já estava dormindo.



Acordei sozinha... E super tarde.

Dei um pulo da cama correndo direto para o banheiro.

Tomei um banho rápido e desci, Tom e Bill estavam na sala totalmente tranqüilos.



-Hey, quero os dois às 16h na casa da mãe de vocês! Ok? – avisei apressada tentando amarrar o tênis.

-Pra que tanta pressa? – pergunta Bill me observando.

-Ainda tem muita coisa a ser resolvida! Encontro vocês lá! – me levantei. –Bill leva meu vestido, por favor? – pedi lembrando que o esqueci no quarto.



Depois de dar uma boa revirada de olhos, acabou concordando.

Mandei um beijo para os dois e saí correndo, ainda tinha que resolver o Buffet e confirmar com alguns convidados...



O dia passou rápido, e conforme ia passando meu nervosismo também aumentava.

Tom e Bill chegaram por volta das 17h, Simone toda feliz foi recebê-los com buquês de rosas lindamente decorados, óbvio que os dois estranharam aquele gesto, até por que para manter a pose de macho, os dois rejeitavam qualquer coisa que fosse representante da ala feminina.



-E aí o que acharam da decoração? – perguntei me grudando em um braço de cada um.

-Normal! – responde Bill frio.

-Ain Bill você me broxa por completo! Poxa, não está normal coisa nenhuma, sua mãe e eu damos muito duro para fazer com todo carinho e deixar lindo! – reclamei dando um puxão em seu braço.

-Pra mim está mais do que perfeito! – diz Tom com um tom de voz bem “bajulador” mexendo com a sobrancelha para provocar Bill.

-Você eu sabia que iria gostar, você me entende ao contrário do Bill! – olhei feio para Bill.

-Ok, ok que horas vai começar e que horas vai terminar? – pergunta Bill já impaciente.

-Começará às 19h mais ou menos, e terminar, bom querido só vai terminar quando euzinha aqui, levar os dois para receber o meu presente! – comentei entrando na frente dos dois mordendo os lábios.

-Puta que pariu to tão ansioso pra terminar logo! – comenta Tom sorrindo e esfregando as mãos.

-Ah ok, e você pretende dar seu “presente” aqui, na casa da minha mãe? – pergunta Bill fazendo uma carinha linda de dúvida.

-E qual é o problema?

-Anne larga de ser safada, é a casa da minha mãe esqueceu? – pergunta novamente quase que sussurrando.

-É acho que isso nem você, e nem muito menos o Tom se lembraram no meu primeiro dia aqui, se lembram da cena? – perguntei fazendo os dois se entreolharem.

-Você pegou a Anne no primeiro dia dela aqui? – pergunta Bill olhando Tom nervoso.

-Bateu uma fominha e fui comer algo na cozinha, só lamento se minha refeição foi sua mulher! – diz Tom sorrindo debochadamente.

-Não acredito... Que safadeza! – brinca Bill se fazendo de nervoso.

-Agora chega, vão se trocar por que eu também irei! – finalizei a conversa pegando em suas mãos.



Tom foi para seu quarto na mansão de Simone e Bill e eu para o dele.

Tomamos banho juntos, nada de muito “quente”, mas beijos e toques maliciosos rolaram soltos dentro d’agua.



Após vestir o maravilhoso vestido rosa bebê, peguei minha máscara e fui de encontro á Bill e Tom que já estavam prontos.

Os convidados já estavam começando a chegar, Tom e Bill saíram juntos do quarto de Tom, já com suas máscaras.



-Vocês estão perfeitos! – comentei sorrindo para os dois que retribuíram o sorriso.

-Anne nem parece que você está de calcinha com esse vestido! – comentou Tom, dando uma boa passada de mão em minha bunda.

-Talvez seja pelo fato de realmente não estar com calcinha! – o respondi com a cara mais safada que poderia fazer.

-Você está divina! – diz dessa vez Bill me abraçando pela cintura dando um beijo simples em meu pescoço.

-Obrigada! – agradeci olhando bem em seus olhos. -Agora vamos, tenho certeza que os convidados querem vê-los! – finalizei chegando ao topo da escada.



O DJ a me ver, parou na hora a música anunciando minha entrada.

A entrada da anfitriã da noite, a mulher de Bill Kaulitz.

Assim que fui apresentada como Nicole, Bill e Tom também foram e assim respectivamente de braços dados aos meus dois homens, descemos ouvindo os aplausos dos convidados presentes.



-Se não fosse para recepcionar esse povo todo, puxaria os dois para dentro de um quarto qualquer e acabaria com nossa noite em pleno sexo selvagem! – comentei baixinho somente para eles ouvir.



Os dois apenas sorriram, o DJ fez um sinal para que subíssemos ao palco para dizer algumas palavrinhas.

Peguei o microfone e simpaticamente comecei a falar.



-Bom, sei que muitos aqui ainda não me conhecem então irei me apresentar, sou Nicole Kraft, namorado do maravilhoso Bill Kaulitz... - comecei virando para Bill sorrindo meigamente. -Estou imensamente feliz pela presença de cada um de vocês, é muito importante para eu festejar o aniversario de duas pessoas tão maravilhosas como esses dois aqui presentes! – agradeci passando o microfone para Tom que não sabia o que fazer.

-Ééé... Boa festa pra vocês, e quem quiser usar alguns dos quartos lá em cima, fique a vontade, aliás, hoje é festa! – brinca fazendo todos rirem.



Ao passar o microfone para Bill que sorria de sua idiotice tivemos apenas três únicas palavrinhas dele.



-Obrigado pela presença! – finaliza fazendo sinal para o DJ voltar com a música.

-Você fica tão sexy tímido! – sussurrei em seu ouvido puxando seu rosto para um beijo sensual.

-Eu não sou tímido! Apenas não queria papo! – se defende sorrindo para mim. –To com uma ponta de ciúmes horrível de você, ta tão linda, tão perfeita, tão sexy! – continua aproximando o rosto mais do meu.

-Mas você sabe que toda essa sensualidade é sua, totalmente sua! – finalizei mordendo seus lábios.



Desgrudei-me de Bill e comecei a recepcionar os convidados, sendo simpática e educada com cada um deles.

Bill e Tom fizeram a mesma coisa, foram ter com amigos que há tempos não via.

Cada vez que desejava uma boa festa para algum dos convidados e partia para outro dava uma boa olhada para Bill que retribuía o olhar com certo mistério, querendo mostrar que estava de olho em mim, aqueles curtos momentos me faziam pensar em tantas coisas, numa dessas coisas, pensei em como Bill seria como pai, seria um chato e mandão? Ou um pai carinhoso e atencioso?

Sorri sozinha com tal pensamento deixando uma simples lágrima brotar nos olhos, a sequei e continuei a andar.

Parei para descansar e tomar algo, foi nesse momento que ele se aproximou.



-Bill Kaulitz é um homem de muita sorte! – comenta uma voz masculina por trás de mim.

-Desculpa, mas não fomos apresentados, meu nome é Nicole! – me apresentei.

-Muito prazer, sou Richard Hans! – se apresenta beijando minha mão lentamente.

-O senhor é amigo de meu namorado? – perguntei me livrando daquele beijo em minha mão.

-Vamos dizer que mais ou menos!

-Sei!

-Já estão juntos há muito tempo? Creio que Bill teve certo trabalho pra encontrar tal perfeição! – aquela pergunta me deixou nervosa por dentro.

-Não, não foi difícil de me encontrar, na verdade eu é quem tive toda sorte de encontrá-lo! – respondi sorrindo meigamente lembrando-me do homem maravilhoso que tenho ao meu lado.

-E aquele pivetinho dá conta do recado? – pergunta olhando perversamente para meu decote.

-Você não acha que está sendo inconivente com essas perguntas sem nexo? – perguntei o olhando séria.

-Não, não acho, aliás, acho sim que você errou ao escolher um pivete que nem ao menos sabe comandar direito seus negócios! – diz ainda olhando com malicia para mim.

-Bill não é nenhum pivete...

-Me diz Nicole, o que um garoto de 21 anos pode te oferecer? Deve ser um moleque inexperiente que nem ao menos sabe como lidar com tanta beleza e sensualidade!

-Inexperiente? – não pude me conter e ri alto de tal afirmação. –Não senhor Richard, Bill não é inexperiente, muito pelo contrário me faz sentir uma mulher sexy e amada! Bill consegue provocar coisas incríveis em meu corpo, me deixa louca na cama, na cozinha, na limusine... – comentei sorrindo abertamente vendo a cara de fúria do homem. –Bom chegando à conclusão final, Bill deve ser muito mais homem do que você na cama! – o provoquei sorrindo debochadamente.

-Garota você precisa conhecer um homem de verdade antes de falar uma idiotice dessas!

-Homem de verdade é aquele que tem o melhor gosto, que me proporciona momentos de puro êxtase, nossa aquele piercing da língua em contato com meu corpo, você não tem idéia do que Bill Kaulitz é capaz! – comentei mordendo meus lábios.

-De qualquer forma, você querendo ou não, lhe mostrarei o que é um homem de verdade! – diz pegando forte em meu braço...



***



-Hey Bill, já viu quem está conversando com Anne? – alerta Tom vendo Anne sendo “tocada” pelo tal cara.

-Mas que merda, o que esse cara quer com ela? E por que está tão próximo assim dela? – pergunta Bill já nervoso.

-Calma Bill olha o vexame na nossa festa, a mãe não vai gostar nadinha de te ver brigando com alguém! – avisa Tom segurando o ombro do irmão...



***



-O senhor está me machucando, me solte antes que eu te mostre o poder do meu joelho em suas partes baixas! – pedi sorrindo sem dar a entender o que estava acontecendo para não assustar os outros convidados.

O cara então me soltou.

Sorri para alguns convidados e continuei a andar sendo perseguida por ele.


-Duvido que Bill consiga lidar com tudo isso! – diz olhando para minha bunda dando uma leve tapa na mesma...


***



-Eu vou matar esse filho da mãe! – se agita Bill ao ver a cena.

-Bill vai para o escritório pelo o amor que sente pela nossa mãe, eu vou lá falar com ela e a levo até você! Agora vá! – pede Tom com desespero na voz...



***



-Desgraçado, ousa tocar em mim novamente que lhe mostrarei o poder que uma mulher nervosa tem! – lhe avisei soltando fogo pelas narinas.

-Boa noite Richard! – deseja Tom ao chegar perto de nós dois.

-Como vai Tom? – pergunta apertando a mão do mesmo. –Essa simpática moça e eu estávamos conversando sobre a linda festa que a mesma organizou, Bill é um homem de muita sorte! – comenta falsamente sorrindo para mim

-Sim Bill tem muita sorte! – concorda Tom também lhe oferecendo um sorriso falso. –Bom adoraria ficar conversando, mas Bill deseja te ver Anne! – diz dessa vez me olhando.

-Sim claro, vamos até ele! – afirmei de prontidão pegando em sua mão sem ao menos pedir licença para Richard.



-Qual é Anne, mal começou a festa e você já ta doidona? – pergunta andando comigo até o local onde Bill estava.

-Não sei do que está falando! – falei confusa.

-Bill ta no escritório fodido com você! – diz com a voz séria.

-Comigo? Por quê? – perguntei mais confusa ainda.

-Esse cara depois de Marco é nosso pior inimigo! Não sei como pôde tê-lo convidado! – responde olhando para frente.

-Não fui eu quem fez a lista, e outra eu não tava dando bola pra ele, ele me assediou Tom!

-É melhor explicar isso á Bill, você sabe que é á ele que deve explicações! – finaliza antes de entrar no escritório comigo logo atrás.



Quando entramos não podia acreditar no que via...




É horrível procurar música que encaixe no capítulo, mas espero que vocês curtam. =)


sábado, 28 de maio de 2011

Capítulo 33 - Nice to Know You





Eu nunca me senti da maneira como me sinto hoje,
em tanto tempo é difícil para eu especificar
Estou começando a notar,
o quanto este sentimento se parece como um limbo ao amanhecer
Agulhas e alfinetes, prazer em conhecê-lo!

Incubus - Nice to Know You



Deitei minha cabeça em seu ombro, deixando minha mão cair sobre seu colo.

Comecei a respirar em seu pescoço, minha respiração saia quente e junto ia também meu cheiro feminino.

Bill fechou seus olhos sentindo minha mão entrar suavemente por dentro de sua camisa, passeei em seu abdômen com vontade, sussurrando besteiras em seu ouvido.

Seu rosto me ofereceu o melhor dos sorrisos de satisfação, saí de seu abdômen indo para a calça, abri o zíper com cuidado para que ninguém percebesse e comecei a brincar ali dentro.

O vi mordendo os lábios de satisfação, curvou seu rosto para mais perto do meu selando um beijo gostoso e sexy, mordeu meus lábios e sussurrou algo que não pude ouvi devido ao som da orquestra.

Voltou seu rosto mais uma vez para o palco, minhas mãos continuavam a brincar ali dentro de sua calça, senti Bill estremecer e logo após essa estremecida o mesmo tirou rapidamente minha mão de dentro.

Virou para sua mãe dizendo algo e logo me puxou para fora.



Saímos quase que correndo de dentro do teatro sorrindo como dois adolescentes, Bill abriu a porta rapidamente e eu saltei para dentro, antes de entrar, ordenou ao motorista que desse uma longa passeada pela cidade.



Ao entrar, pegou duas taças nos serviu com champagne e começou a me observar enquanto bebia.



-Você é foda quando quer algo não é? – pergunta mexendo em meus cabelos.

-Pena que nem sempre consigo o que quero! – falei com a cabeça baixa.

-Quem disse que não? – sussurra em meu ouvido me fazendo arrepiar por inteira.

-Mas você disse...

-Esquece o que eu disse!



Bill deitou seu corpo por cima do meu tirando a taça de minha mão, seu beijo foi o encaixe perfeito com meus lábios.

Suas mãos levantavam meu vestido suavemente enquanto sua boca mudava o rumo de meus lábios para meu pescoço, ele mordia com delicadeza meu pescoço me arrancando suaves gemidos.

Tentei tirar sua calça, mas na posição em que estávamos não dava, o fiz se sentar para me livrar daquela barreira, me ajoelhei de frente a ele e por fim consegui tirá-la.

Acariciei-lhe com a boca por cima da boxer preta que o deixava extremamente sexy, tire-a lentamente e o senti em minha boca.

Suas duas mãos estavam em meus cabelos acariciando freneticamente, seus gemidos era demais pra mim, os ouvia querendo mais e mais dele, me afastei tomando um pouco de ar, quando ia voltar ele me puxou, me queria em cima, sentada em seu colo, olhando nos olhos durante cada movimento.

Nosso encaixe foi perfeito e os movimentos eram maravilhosos.

O som da rua nos deixava loucos, é como se nós dois estivéssemos ali no meio da multidão nos amando perdidamente.

O movimento do carro ajudava na dança erótica que nos envolvia, estávamos loucos de desejo e toda nossa vontade um do outro era descontada nos beijos e mordida nos lábios.



-Bill posso te confessar uma coisinha? – perguntei sentada de frente pra ele.

-Confessa!

-Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido logo após deitando minha cabeça em seu ombro.

-Odeio ter que admitir... Mas também te amo! – diz acariciando meus cabelos.



Voltei meu olhar para o dele, acariciei sua face macia e fui de encontro aos seus lábios, mais uma vez começamos a nos movimentar sedentos por mais e mais prazer...



Paramos em um MC para comer, a noite começou a esfriar e eu apenas de vestido. Decidimos voltar então para casa.



-Sabe Bill, passei a amar ópera, devemos ir mais vezes em óperas, óperas fazem bem pra alma! – brinquei repetindo a palavra “ópera” entrando de braços dados com ele na mansão, descalça.

-É verdade, ópera faz bem, muito beem! – concorda girando minhas sandálias.

-Ta perai, então você aceitou a festa? – perguntei o parando no meio da escada.


Bill revirou os olhos e após fazer uma carinha super fofa respondeu.


-Sim né? Fazer o que, o Tom já aceitou! Mas nem pense em festa a fantasia, uma vez minha mãe inventou uma dessas, nossa que desastre! – diz voltando a subir me deixando boquiaberta para trás.

-Mas era isso mesmo que eu iria fazer! – me decepcionei fazendo bico.

-Nem pense senhorita Kirsten, á fantasia, não irei! – afirma parando no topo da escada olhando para mim.

-Nem se for apenas de máscaras? – perguntei subindo lentamente.

-Máscaras? Anne pra que isso? Não vale apenas ser uma festa normal com gente vestida normal?

-Ah seria tão chique todos com uma máscara diferente! Faz uma criança feliz vai Bill? – pedi chegando perto pegando em sua cintura, e começando a beijar seu pescoço.

-Desse jeito não tem como dizer não! – sussurra se contorcendo devido meus beijos no pescoço.

-A ópera fez bem ao casalzinho! – diz Tom no fim do corredor.

-É fez sim, Bill aceitou a festa! – comentei batendo palma feliz.

-Hmm que ótimo! E quando vai ser? – pergunta Tom fazendo Bill e eu nos entreolharmos.

-Que tal no natal? – sugere Bill sarcástico.

-Não né? Natal tem que ser algo mais família! Entende? – diz Tom mais sarcástico ainda revirando os olhos.

-Ok parou! Não será exatamente no dia do aniversário de vocês, que cairá numa segunda! Já decidi e será numa sexta! – finalizei vendo os dois se olharem.

-É uma boa! – concorda os dois juntos.

-E olha como é niver dos dois, meu presente será especial! – comecei a rebolar indo em direção ao quarto de Bill.


Os dois me observavam andar minuciosamente, ao olhar para trás para vê-los babando por mim não vi a porta e fui de cara á ela, fazendo os dois caírem na risada.


-Idiotas! – ri junto entrando no quarto.


Joguei-me na cama feliz da vida, daqui duas semanas seria o aniversário dos meus dois pimpolhinhos, ainda me pergunto como as coisas podem mudar tanto, no inicio tudo o que queria era vingança contra todos, agora meu único alvo é Gordon, somente ele.

A festa me faria esquecer as dores que o passado me trouxe... Ou piorá-las...



Pra quem pediu meu Twitter (Alguém pediu, que eu sei haha)

É o @Maria_Esmalte.

Bjmeliga -q


Até os próximos!

Capítulo 32 - Echo


"Há alguma coisa no seu olhar
Algo que eu notei enquanto as luzes não tinham nada de especial
Isso me lembrou por duas vezes de que eu estava vivo
E me lembrou também que você vale muito a pena..."

Incubus - Echo




Diário de Anne Kirsten.



Uma semana se passou desde nossa ida e chegada á França.

Gordon ainda não veio á casa dos gêmeos para saber das informações da queima de arquivo, creio que por hoje ou amanhã aquele verme aparece por aqui.

Essa semana não tive a oportunidade de me encontrar com Simone, preciso acertar com ela as coisas para a festa, obviamente não poderá ser aqui na mansão deles, até por que o único lugar que Simone conhece como moradia dos gêmeos é uma linda cobertura no centro da cidade.

Bill e Tom me deixaram respirar aliviada nesses dias, quase nem tem me procurado, hoje acontecerá o tal conserto, Gordon já está no país, mas mesmo assim Bill quer que eu vá com ele e sua mãe...

Hoje falarei com os dois, pensei bem e não rola fazer festa surpresa...



-Anne? – bate Tom na porta do quarto de hospede onde me tranquei para escrever.

-Oi! – falei abrindo a porta.

-Eu vivo me perguntando o que tanto você faz quando passa horas em algum quarto sozinha e trancada, se for à primeira opção dos meus pensamentos, creio eu que não precisa já que tem dois homens dispostos o dia inteiro somente para você! – diz entrando no quarto esboçando um sorriso malicioso no rosto.

-Não é nada disso que sua cabecinha super maliciosa está pensando, só tiro alguns minutos do meu dia para meditar, é isso meditar! – revidei a provocação dele.

-Sei, sei, e o que é aquilo na cama? Um diário, você tem um diário? – pergunta feliz indo até meu diário que me esqueci de esconder.

-Nada demais, apenas uma pequena agenda onde escrevo meus poemas! – me adiantei pegando o diário antes dele.

-Poemas? Deixa-me ver? – pede tentando pegar o diário escondido por trás nas minhas costas.

-Não Tom, é algo muito pessoal, coisa de quem não tem nada pra fazer! – respondi ainda tentando fugir de suas mãos rápidas.

-Ah pára de ser fresca, me deixa ler só unzinho? – pede mais uma vez antes que eu escapasse mais uma vez de suas mãos.

-Chega Tom, não vai ler e ponto! – gritei já nervosa.

-Nossa ta bom tigresa, não lerei... Hoje! Toma cuidado com esse “diário” se cair em minhas mãos, conto á todos o que está escrito nele! – avisa fazendo o sinal das aspas.



Não falei nada diante de tal aviso.

Saí de perto dele indo para o quarto de Bill, peguei a malinha que sempre escondia o diário e o fechei com o segredo.

Respirei fundo, peguei minha toalha e fui tomar um banho relaxante.



Após o banho coloquei um short jeans bem justo, uma blusinha caída no ombro, deixei meus cabelos soltos ao natural, passei a devida maquiagem para a ocasião e saí após pegar minha bolsa, estava precisando respirar ar fresco longe de tudo e todos.



-Aonde vai? – pergunta Bill me vendo abrir a porta da frente.

-Fazer umas comprinhas, sempre fico trancada aqui, preciso respirar ver mais pessoas, sabe?

-Hmm sei, se precisar de alguma coisa é só ligar. Não demore! – diz me beijando.

-Ok.



Despedi-me dele e entrei no carro, como de costume era Gustav que estava ao volante, fiquei um bom tempo quieta, mas a curiosidade não me deixou ficar calada.



-E como anda a filha de Eva? – perguntei olhando para fora.

-Anne por que quer tanto saber sobre essa garota? – revida fazendo outra pergunta.

-Oras, pelo simples fato de ter sido criada por Eva e não saber dessa tal filha! Acho que mereço uma explicação sobre ela! – respondi já indignada.

-Então por que não pergunta para a própria Eva? – aquela pergunta me broxou.

-Ok, não pergunto mais! – me rendi percebendo que o shopping estava se aproximando. –Pode me deixar aqui, e não se preocupe, voltarei de táxi mesmo. – finalizei saindo do carro.



Passei o dia observando as lindas vitrines do shopping, acabei comprando algumas coisinhas, não posso deixar de lado a oportunidade de gastar o cartão do Bill.

Voltei quase de noite preparada para conversar com os dois, fui direto para o quarto, peguei de uma das sacolas um vestido bem decotado vermelho com detalhes em preto para a noite da ópera e logo em seguida desci para procurá-los, por sorte os encontrei conversando na sala de jogos, sozinhos.

Entrei fechando a porta e os olhei me observando calados.



-O que foi? – pergunta Bill com cara de “Quem morreu?”.

-Bom... Vocês sabem que amo demais os dois não é? – comecei com a frase super esquisita.

-Ela nos ama Bill, que lindinha, ama dois! – zomba Tom rindo de mim.

-Ok Tom, não vou ligar pra suas zoeiras... Eu vim conversar sobre... A festa de vocês! – falei por fim meio que gaguejando.

-Festa? – pergunta juntos.

-Sim, é aniversario dos dois, não tem por que passar o dia sem festa!

-Não Anne, esquece nada de festa, odiamos festas e não será você que fará uma para nós! – resmunga Bill se levantando já impaciente.

-Ah pára com isso, é algo tão gostoso de fazer, é tão bom comemorar o dia do nosso nascimento, ah neném faz isso comigo não, to tão animada pra esse dia! Deixa-me fazer vai? – pedi quase que implorando o abraçando por trás.

-Não, e essa é minha ultima palavra! – responde se livrando de meus braços.

-Tom? – olhei para o mesmo com cara de coitada.

-Por mim tudo bem! – responde me fazendo sorrir.

-Ta vendo, seu irmão consegue ser mais mente aberta do que você mesmo!

-Porque o Tom é um moleque que adora farra e bagunça, eu não Anne, esquece não terá festa e não quero tocar mais nesse assunto. – diz mais nervoso ainda.

-Epa moleque não! – se defende Tom rindo.

-Vou fazer mesmo contra sua vontade! – o provoquei cruzando os braços.

-Se fizer te expulso dessa casa! E termina logo de se arrumar, a limusine chega daqui a alguns minutos. – finaliza saindo furioso de nossa presença.

-Ele me odeia não é? – perguntei a Tom que me olhava sério.

-Nada, essa é a forma de demonstrar que te ama! – responde sorrindo de canto.



Confesso que adoro aquele sorriso safado do Tom, olhei para fora da sala observando bem se estava vindo alguém e ao ver que estava limpo me joguei no colo dele.

O beijei com desespero, aqueles lábios carnudos me deixavam louca, ouvi um barulho vindo do lado de fora da sala e ofegante levantei-me rapidamente de seu colo.



-Cachorra! – diz baixinho sorrindo.

-Já terminou de se arrumar Anne? – pergunta Bill com um tom de voz bem mandão.

-Ainda não, só falta pegar a bolsa!

-Aproveita e retoca o Gloss, pois o que tinha, agora está na boca do Tom! – provoca rindo de canto olhando para a boca do Tom com alguns brilhinhos do Gloss.

-Ok! – afirmei saindo sem graça da sala.

-To bonita de Gloss? – brinca Tom fazendo uma voz bem gay fazendo Bill rir.



Subi correndo para o quarto pegando a bolsa e me certificando de que o diário estava bem escondido, possa ser que Tom e sua mente super perversa possa tentar procurá-lo.

Retoquei o Gloss e desci correndo para me encontrar com Bill.

Mesmo com as brincadeiras de Tom, Bill não amoleceu comigo, abriu a porta da limusine como um cavalheiro, mas durante toda viagem não disse uma sequer palavra.



Encontramos-nos com Simone e Gordon na porta do teatro onde ocorreria a tal ópera, Simone estava linda num vestido longo preto com uma simples fenda ao lado, a noite estava agradável, nem frio nem calor, um clima perfeito para apaixonados namorar debaixo da luz da lua brilhante daquela linda noite.

Senti um vento quente tocar meu rosto e num lindo impulso beijei o rosto com expressão fria de Bill.

O mesmo me olhou surpreso, retribui seu olhar com um sorriso meigo.

Entramos, nos sentamos e começamos a ouvir aquele som horrível de ópera junto daquelas vozes grossas de homens e mulheres do coral.

Olhava para todos os lados inquieta, foi quando parei meu olhar no lindo rosto de Bill, aquele perfil perfeito, não pude deixar de reparar naquela linda boca, subindo um nariz perfeitamente desenhado e por fim seu olhar, um olhar perdido e sem rumo, ele também não estava prestando atenção à ópera, estava pensativo e longe dali, foi nesse momento que decidi agir...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Capítulo 31 - Secret



Eu sei que não te conheço
Mas te quero muito
Todo mundo tem um segredo guardado
Mas eles conseguem mantê-lo?

Maroon 5 - Secret


O vôo saiu às 22h, lógico que tanto Tom como até mesmo eu queríamos que aquilo tudo terminasse logo, ambos tínhamos um medo horrendo de avião.

O vôo apesar de tenso correu bem, não tocamos uma palavra sequer no caminho, chegamos pela manhã na Alemanha, ainda estava frio.

Fomos de táxi mesmo até a mansão, ao chegarmos, Tom foi direto ao seu quarto e eu para o de Bill.



Ele dormia serenamente, parecia uma criança sonhando feliz, um sorriso se esboçou ao sentir que alguém acabara de se sentar ao seu lado, Bill reconheceu meu cheiro.



-Pensei que iriam demorar mais! – comenta abrindo os olhos lentamente.

-Senti saudades do meu dono, não posso? – beijei sua bochecha.

-Fala sério Anne, com Tom ao seu lado sentiu saudades de mim? Conta outra! – debocha se sentando na cama e começando a me observar. –Ele te fez bem nesse único dia, seus olhos estão brilhando como duas pequenas esmeraldas! – continua pegando em meu queixo.

-Não é por ele, é por você que estou assim! Bill, antes de Tom, sempre virá você, é você meu dono principal, o cara que manda e desmanda em mim, ele nunca terá essa honra! – brinquei deitando-me em seu colo.

-Sei, sou dono, sempre que tento impor minha autoridade aqui, você simplesmente surta! Mas sabe que adoro isso em você? Acho perfeito quando você dá esses pitis! – comenta rindo.

-Pitis? Eu não dou pitis! – resmunguei levantando-me de seu colo para encará-lo.

-Dá sim, e uns bem engraçados! – continua zombando vendo eu me levantar. –Ficou com raiva? – pergunta com uma carinha engraçada.

-Não, levanta e vamos tomar café, estou faminta! – ordenei indo até meu closet pegar algo mais leve para vestir.

-Ok patroa! – zomba mais uma vez rindo.



Bill entrou no banheiro e eu fui me trocar, peguei meu colar e antes de colocar em uma bolsinha pequena de pano o beijei deixando uma única lágrima cair de meu olho.



-O que é isso? – pergunta Bill me abraçando por trás.

-O colar da garota que matamos! – comentei disfarçando para secar a lágrima.

-Hmm, me deixa ver! – diz pegando o saquinho e abrindo.



Bill abriu o saquinho e começou a observar o colar estranhando algo.



-Anne, eu posso estar errado, mas eu já vi você com...

-Viu errado Bill! – o interrompi pegando o saquinho de sua mão junto do colar.

-Ok... Vi errado! – diz dando de ombros. –Vai dá-lo a Gordon como prova? Um colar?

-Quer prova mais pessoal do que um colar Bill? – já estava ficando nervosa com tanta pergunta.

-Ok, ok não precisa ficar nervosa por causa daquele cara!

-Desculpa Bill, é que visitar o túmulo dos meus pais não foi fácil! – tentei mudar de assunto indo abraçá-lo.

-Seus pais estão enterrados na França? – pergunta curioso.

-Sim claro!

-Mas não são alemães? Sei lá, acho que deveriam ser enterrados aqui, no país materno! – eu nem estava me lembrando desse detalhe.

-Meus avôs ainda moram na França Bill, queriam que eles fossem enterrados lá...

-Você tem avôs? Por que nunca me disse?

-Ain Bill chega de perguntas, por favor? Quero comer pode ser? – perguntei tentando fugir do “interrogatório Bill Kaulitz”.

-Ok, vamos! – concorda por fim me abraçando de lado.



Após tomarmos café ficamos conversando por horas na beira da piscina, tentava de todas as formas fazer Bill esquecer o maldito colar.

Mas disso ele com certeza não iria se esquecer tão cedo.



-Eu ainda acho que já te vi com o colar! – mudou o rumo da nossa conversa, deitado na espreguiçadeira ao meu lado.

-E eu já disse que não viu! – resmunguei fazendo bico.

-Anne... – se virou para mim. –Sei que tem algo que você me esconde, mas ainda não consegui descobrir, se um dia eu chegar a descobrir e for algo que eu não aceite de forma alguma... Eu te mato! – diz tranquilamente se levantando e entrando na casa.



Engoli em seco percebendo aquela voz ecoar em minha mente, levantei rapidamente necessitando de meu diário.

Fui correndo para o quarto, fechei a porta e o peguei.



Diário de Anne Kirsten.



Esses dois últimos dias foram de surpresas e medo para mim.

Medo por que se Bill descobrir sobre quem sou verdadeiramente, eu simplesmente estou lascada.

E surpresa porque ouvi um “eu te amo” de mais um deles, e devido a isso meus sentimentos voltam a se confundir, gosto do Bill por ser mandão e birrento, e do Tom por ser bruto e sexy.

Agora Tom já sabe de meu segredo, se Bill descobrir que ele soube antes mesmo dele, nossa, vou sofrer muito nas mãos dele...



-Anne? Por que fechou a porta? – era Bill batendo.

-Hã? Nossa fechei sem querer! – gritei indo guardar o diário antes de abrir a porta. –Pronto! – abri por fim sorrindo.

-Ta escondendo algo de mim pra fechar a porta?

-Não amor, fechei por engano! – respondi sorrindo o puxando para a cama.



O deitei na cama me deitando por cima dele, começamos nos beijar lentamente, queria sentir a boca de Bill em contato a minha, ouvir sua respiração enquanto me beijava, e seu toque em minha cintura.

Ele me virou ficando por cima dessa vez, me olhou nos olhos e respirou fundo para fazer o pedido.



-Semana que vem terá um concerto importante aqui no país, minha mãe nos convidou para acompanhá-la já que Gordon irá viajar a “negócios”, você vem comigo? – pergunta indo beijar meu pescoço.

-Claro, mas concerto do que?

-Hmm... Ópera! – responde fazendo uma caretinha.

-Argh, odeio ópera, mas pela sogrinha topo tudo! – afirmei dando-lhe um selinho.

-Bom mesmo, aliás, ela é sua sogra duas vezes! – diz revirando os olhos.

-Nossa por que diz isso?

-Tom já me contou da noite de vocês!

-Caraca, mas precisava contar? – perguntei saindo pelo lado.

-Somos irmãos Anne, Tom me conta tudo... Absolutamente TUDO! – calafrios percorreram meu corpo.

-Tudo? – minha voz saiu embargada.

-Sim, tudo! Agora volta pra cá vai! – diz rapidamente batendo na cama.



Voltei totalmente desconfiada, Bill permaneceu me beijando até pegar no sono.

Com um tanto de dificuldade, consegui me livrar de seu corpo cansado e fui procurar por Tom, que jogava atentamente algo com Georg na sala.

Cheguei à frente da TV logo a desligando vendo a cara de decepção dos dois.



-Preciso falar com você! – cruzei os braços.

-Claro cunhadinha! – diz olhando para Georg.



Ele recebeu bem o recado e saiu de nossa presença.



-Você falou algo com Bill? – perguntei baixinho.

-Sobre?

-Sobre quem sou na verdade! – sussurrei ainda mais baixo.

-Só se eu quisesse te ver morta! – diz sorrindo debochadamente.

-Pára de brincar com isso Tom, fala logo, você disse algo á ele? – perguntei entrando em desespero.

-Anne, larga de ser idiota, se eu tivesse dito seu pescoço já estaria pendurado no escritório dele... Zoeira! – diz ainda sorrindo debochadamente.

-Mas da nossa noite você falou não é cachorro? – perguntei dando-lhe uma tapa.

-Ah somos irmãos poxa, ele também me conta as noites dele com você!

-O que? Como podem ser tão tarados? – perguntei indignada.

-Mais tarada é você que dá pra dois! – revida dando de ombros.

-Como é que é? – perguntei com os olhos arregalados.

-É isso mesmo!

-Ok, se me acha tarada de “dar” para os dois, escolherei apenas um, ou seja, o MEU namorado! – o provoquei vendo sua reação surpresa.

-Nem pense nisso!

-Ah penso sim!

-Ah é? – levantou-se chegando perto da porta. –Bill preciso te contar algo! – grita me assustando.

-Ok, ok te dou quando quiser! – falei rapidamente o puxando de volta para dentro da sala.

-Bom mesmo! – diz se jogando ao sofá ligando novamente a TV. - Aproveita que está aqui e vai pegar algo para beber! – manda voltando a jogar.

-Como é que...

-Anne, pára de fazer perguntas idiotas e vai logo pegar algo para seu segundo macho beber! – ordena me mandando um beijinho em seguida.

-Tom... Diz pra mim vai? Você disse algo á ele? – perguntei mais uma vez o ignorando.

-Anne! – começa me chamando pra bem pertinho dele. –Quando o Bill quer saber de algo, ele sabe antes mesmo de alguém dizer a ele! Relaxa, ele ainda não sabe de nada! – sussurra calmamente ainda com aquele maldito sorriso de deboche. –Agora vai lá, pega algo pra eu beber! – ordena mais uma vez dando um discreto beijo em meu nariz.



Saí batendo os pés como àquelas crianças birrentas cheias de má criação a oferecer.

Antes de entrar ouvi as vozes de Leo e Mateus conversando sobre os gêmeos na cozinha.


-E o aniversário dos dois está se aproximando...

-É daqui um mês né? – interrompe Leo mastigando algo.

-Sim, daqui um mês, será que terá festa? Tipo, agora com a garota espevitada por perto, possa ser que tenha...

-Se a garota espevitada citada por você sou eu Mateus, pode ter certeza que terá sim festa para meu amado e seu irmão! – o interrompi dessa vez entrando na cozinha sorrindo.

-Mas os gêmeos odeiam festas! – avisa Leo fazendo uma careta.

-Quem disse isso? – perguntei o olhando profundamente.

-Os próprios, Soraya já tentou fazer uma festa para eles, Bill vetou na mesma hora que soube que era surpresa! – responde Mateus.

-Soraya é Soraya, ou seja, nada! Eu sou eu! E farei sim uma festa para meus queridos! – afirmei super alto confiante de mim mesma. –E vocês meus queridinhos, irão me ajudar com a lista de convidados! – completei apontando para os dois sorrindo.

-Esquece! – diz Mateus já começando a se levantar da mesa.

-Você prefere me ajudar, ou receber algum tipo de castigo do Bill devido a alguma mentira inventada por mim pra te derrubar? – perguntei cruzando os braços sorrindo perversamente.

-Você não faria isso...

-Ahh faria! – afirmei balançando a cabeça positivamente.



Leo o olhou convencido de que deveria me ajudar, ele contrariado acabou cedendo.



-Ok, ajudo nessa merda de lista, mas espero que meu nome não role solto quando eles souberem da tal festinha! – concorda por fim com minha idéia.

-Nem o meu hein? – pede Leo um tanto medroso.

-Ain parem de ser medrosos, eles não fariam nada demais devido a uma festa! Bom, então faça a listinha de convidados mais próximos deles e eu irei arrumar o resto! – finalizei indo pegar algo para o Tom na geladeira.

-Ok! – concorda os dois desanimados.



Voltei para a sala de jogos levando comigo duas latas de Red.

Fiquei por um tempo observando Tom jogar atentamente imaginando o que poderia fazer para a festa... Com toda certeza seria uma festa á fantasia...