segunda-feira, 27 de junho de 2011

Capítulo 48 - Worderwall




"Hoje será o dia
Que eles vão jogar tudo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora..."


Oasis - Worderwall




Depois de dois dias Gustav recebeu alta, porém não poderia fazer esforço algum, Bill contratou uma enfermeira para ficar ao seu lado, já que nesses últimos dois dias eu passei todo o tempo ao lado dele no hospital, Bill de certa forma se sentiu enciumado, não queria mais me ver por perto.



Richard ainda estava preso na mansão Kaulitz, os gêmeos obviamente estavam me esperando para finalizar o serviço.



-Fiquei sabendo que está sem comer a dois dias Richard, nossa que dó! – zombei entrando no quarto junto de Bill e Tom.

-O que vai fazer comigo vadia? Vai me matar, então mata logo, mas não se esqueça de avisar minha mãe... Sua grande amiga! – diz me fazendo engolir em seco, olhei para trás e vi dois homens totalmente surpresos e confusos me encarando.

-Você conhece a mãe dele Anne? – pergunta Bill curioso fazendo Richard dar uma risada alta.

-Não só conhece como foi parceira de muitos anos...



Não o deixei terminar, dei-lhe um chute no rosto fazendo espirar sangue para a direção que seu rosto virou.



-Cala boca seu verme, não sabe o que diz, está blefando...

-Blefando Julie? Como assim blefando?



Dessa vez foi Tom quem bateu em Richard, o soco em seu estômago doeu até em mim, ele sabia que Bill me questionaria sobre aquele nome, por isso decidiu atacá-lo.



-Ela já disse pra calar a boca! – sussurra Tom em seu ouvido.

-Já que vou morrer, não tem por que esconder a verdade, Bill Kaulitz essa vadia que tem ao seu lado é Julie Reverbel e só aceitou ficar ao seu lado pra te apunhalar pelas costas roubando tudo o que sua família possui!



Dizendo isso não agüentei parti pra cima dando diversos chutes, o fiz cair ficando deitado no chão, não tinha dó, acertei diversas vezes seu rosto e barriga, estava com tanto ódio que minha vontade era de matá-lo, não queria que Bill soubesse por ele, não daquela forma, senti uma mão me puxar me fazendo parar a agressão.



-Tom termina o serviço, acaba de vez com ele, mas antes o torture... Torture até a morte! – diz Bill me puxando bruscamente pelo braço, antes de sair olhei para Tom que me olhava com dó.



Bill levou-me para seu quarto, me jogou de qualquer jeito e trancou a porta com chave, senti meus pêlos se arrepiarem de tanto medo que estava sentindo.



-Do que ele estava falando? Quem é Julie? De onde ele te conhece? – pergunta se aproximando de mim com um ar desafiador.

-Bill...

-Anne presta atenção, assim que chegou de Paris, Tom me contou tudo, por ele eu nada fiz com você, somente por ele. Mas você tem noção o que é ouvir da boca do meu pior inimigo o nome da mulher que amo? Como assim ele sabe quem você é e eu não? – pergunta me fazendo encolher procurando uma resposta. –Diz Anne? – grita nervoso.

-Bill... – comecei rapidamente com medo de me bater caso não abrisse a boca. –Eu não sei do que ele estava falan...

-Não seja cínica, ele sabe seu nome, se Tom não descobrisse nem eu saberia, como ELE sabe Anne? Como? E ainda por cima dizer que você é “parceira” da mãe dele! Isso só pode ser brincadeira! – diz passando a mão na cabeça parando pensativo. –Você está infiltrada aqui não é mesmo?

-Não Bill, nunca foi essa minha inten... – ele não me deixou terminar, pegou em meus cabelos fortemente me fazendo gemer de dor.

-Sabia que Selma tentou matar minha mãe? Sabia que foi ela quem ajudou Gordon a matar meu pai? Com certeza você sabe, é tão intima dela não Anne? – diz me assustando.

-Eu não sabia Bill, por favor, acredite em mim, eu conheço sim ela...

-Sabia sim, você me apunhalou Anne, como pôde? – pergunta me soltando no chão.

-Eu não sabia de Richard, Selma me criou como Pietra, ela se disfarçava de velha pra enganar minha mãe, mas eu realmente não sabia quem verdadeiramente ela era...

-Não minta pra mim Anne! – diz me olhando bem de perto, aliás, seu olhar não estava normal, era um olhar de psicopata.

-Bill eu nunca mentiria pra você...

-Haha Anne, como você consegue mentir até nessas horas? Acabei de descobrir uma porra de mentira sua e você me diz isso? – pergunta calmo.

-Ok, menti eu confesso, mas juro que nunca pensei em te atingir, meu grande alvo era o maldito do Gordon que matou meus pais por causa de porcaria de terras, aquele desgraçado sempre foi meu alvo Bill, nunca imaginei entrando na sua vida, nunca imaginei me apaixonando pelo enteado do maldito que matou meus pais! – respondi num grito começando a chorar.



Bill ficou calado, pensativo.

Agora sabia que não teria mais seu perdão, ele me olhou com cara de choro, aliás, era a primeira vez que o vi com aquela carinha.



-Eu te amo Bill, não queria mentir da forma que menti, e você pode não acreditar, mas estava justamente pensando em dizer toda verdade pra você, mas esse desgraçado chegou antes e... Estragou tudo! – continuei ofegante.

-Não Anne, ou melhor, Julie... Você não me ama, não ama nem a si mesma, tudo o que eu fiz foi te dar toda confiança que nenhuma das garotas que passou por essa mansão teve, nem mesmo Soraya que foi a ultima teve tanta confiança comigo como você teve, nunca mais confiarei em você, e sabe que estou começando a achar que toda aquela surra que te dei no dia da festa foi pouco e muito merecida?!

-Se quer repetir a dose, manda ver, eu mereço mesmo! – afirmei lhe olhando nos olhos.



Bill virou-se e saiu do quarto me deixando sozinha caída no chão, não resisti e caí num choro realmente sentido, doía vê-lo daquela forma, queria poder descer e matar Richard com minhas próprias mãos pela traição, mas não o fiz, encostei-me na cama e continuei ali chorando como criança depois de levar uma boa surra do pai...



-O que faço com o corpo Bill? – pergunta Tom entrando no escritório de Bill.



Não obteve resposta, Bill estava pensativo sentado em sua cadeira, não mexia os olhos, não falava nada.



-Bill? Bill? – grita Tom o despertando do transe.

-Diz!

-O que faço com o corpo?

-Jogue no meio da mata, mas não se esqueça de mandar um recadinho pra Selma e logo após pra Gordon!

-Ok, mandarei o recado... O que foi meu irmão? – pergunta mudando de assunto ao ver Bill tão estranho.

-Ela conhece Selma... – começa respirando fundo. –E Gordon matou seus pais também! – diz sem muito animo.

-É eu sei, isso eu não quis te contar! – diz Tom recebendo apenas um olhar fulminante de Bill.

-Não sei se dará pra confiar nela novamente! – confessa Bill olhando para o nada.

-Você a ama Bill, por mais que tente, não conseguirá deixar de confiar nela...

-Engano seu Tom, engano seu...




Nha, está acabando, sentirei falta de vocês! :'(

Mas não sumirei por completo, estarei no blog da Deluxe Boy, nos vemos lá, oks?

E o que estão achando?

Beijões.

Capítulo 47 - Never Gonna Be Alone




"Você nunca vai estar sozinha
De agora em diante
Mesmo que você pense em desistir
Não vou deixá-la cair
Você nunca vai estar sozinha
Vou te abraçar até a dor passar..."


Nickelback - Never Gonna Be Alone





Amanheci sendo observada por Tom que estava ao meu lado.

Ele me olhava sério, sem muita vontade de estar ali, virei para o outro lado não querendo encará-lo, a situação estava desagradável depois do gelo que me deu, não queria ficar ali com ele, fui salva pelo enfermeiro que entrou para dar à alta.




-Já pode ir moça, só passou a noite mesmo para descansar! – diz o desajeitado enfermeiro que havia parado na noite passada.

-Obrigada! – agradeci levantando.




Nem olhei para o Tom, entrei no pequeno banheiro do quarto junto de minha bolsa e fiz uma simples higiene bucal lavando o rosto em seguida.



-Não vai falar comigo? – pergunta me vendo abrir a porta para sair, ele permanecia sentado.

-E por que falaria depois do que me disse ontem à noite? Você me chutou Tom, não acredita que te amo! Não tenho por que falar com alguém que desconfia de minha palavra! – respondi virando para ele.



Tom se levantou e veio até mim.



-Não desconfio de sua palavra, mas creio que ama mais Bill do que a mim...

-Não, você é totalmente o contrario dele, enquanto ele tenta a todo custo impor ordens, você me enche de carinho, Tom vocês tem gênios tão diferentes e foi exatamente isso que me fez apaixonar-me pelos dois! – o interrompi já com os olhos marejados.

-Isso já passou dos limites Julie, por mais que eu te ame, não quero dividir mulher nenhuma com meu irmão! Pra mim já chega! – diz passando por mim saindo primeiro.




Mais uma vez Tom me deu um fora, porém dessa vez parecia ser definitivo, não vou chorar dessa vez, se ele quer assim, assim será.

Fui á recepção procurar saber se podia ver Gustav, recebi sinal verde.



Chegando a seu quarto o mesmo estava acordado, olhando para o nada. Aproximei-me sentindo o peito começar a dar leves pulinhos, era meu coração me avisando que estava pronto pra sair pulando pela boca...



-Oi! – diz me despertando do devaneio.

-Oi, como está? – perguntei me aproximando mais.

-Meu corpo ta dolorido, mas estou bem! E você?

-Gustav, sei que não deve sofrer por emoções fortes, mas não agüentarei por muito tempo, por que me escondeu o fato de ser meu...

-Irmão! – completa evitando me olhar.

-O que houve pra crescermos separados? – perguntei já querendo chorar, mas segurei firme pra não desabar em lágrimas.

-Selma tinha 25 anos quando se aproximou de nosso pai, ela trabalhava com Gordon nessa época, ele já havia tentado comprar as terras nesse tempo, como nada conseguiram e Eva havia acabado de perder seu segundo filho decidiu partir pra nossa mãe que na época tinha 30 e estava grávida de mim, já no final da gestação...

-Quem é Selma? – o interrompi já não segurando a curiosidade.

-Eva. É esse seu verdadeiro nome, Selma. Continuando, ela nunca aceitou que seu filho com Gordon tenha morrido, por isso como forma de vingança á rejeição da venda das terras, na noite de meu nascimento ela conseguiu comprar uma enfermeira para que me entregasse á ela, ou seja, fui criado longe de nossos pais Anne, longe de você! – diz por fim me fazendo chorar.

-Mas como foi criado por ela se Eva esteve todo o tempo ao meu lado como Pietra?

-Georg e eu vivíamos na verdade com Gena, uma senhora amiga de Selma, ela faleceu quando completei 15 anos, quando me roubou ela me mandou para Gena por que Gordon poderia querer me tomar dela como tomou Richard, do dia de seu óbito até hoje Georg e eu crescemos sozinhos, recebendo treinamentos de amigos da Selma, porém morando e se virando sozinhos!

-E Georg? Tem família?

-Ele era filho de Gena, sofreu tanto com sua morte, ela tinha um tumor maligno tentou operar, porém no dia da operação acabou falecendo na mesa de cirurgia!

-Coitado!

-E você minha querida amiga... E irmã, como passou a noite? O pessoal conseguiu a carga? – pergunta me alegrando com a palavra ‘irmã’’.

-Acabei dormindo depois de doar o sangue, mas antes disso passei por um sufoco daqueles, parecia que já sentia de alguma forma que tínhamos algum motivo forte pra gostarmos tanto um do outro, e saber que estava assim tão frágil me fez ter os piores sentimentos!

-É nunca pensei que você me livraria um dia de alguma enrascada, querendo ou não seu sangue me salvou, sou O- e só poderia receber do mesmo doador, sorte sermos irmãos numa hora dessas! – brinca colocando a mão no lugar atingido.

-Se eu não fosse compatível, entraria num desespero ainda maior, você não tem noção o aperto que senti no coração ao saber que foi atingido...

-Acabou, vamos deixar esse assunto pra lá ok? Mudando de assunto, que cara é essa? Pensa que não reparei?

-Tom me deu um fora!

-Jura? Idiota! Por que fez isso?

-Não sei, talvez eu sou apenas um objeto pra ele, sabe Gustav decidi sair da casa dos Kaulitz...

-O que? Justamente agora que está conseguindo a confiança do traste?

-Eu falhei Gustav, a verdade é que não tenho coragem de matar nem uma formiga...

-Anne presta atenção, nós precisamos conseguir nossas terras de volta, aquilo nos pertence, Gordon não poderá ficar com o que era nosso por direito...

-Gustav, o que temos já é o suficiente, vamos fugir meu irmão levamos Georg junto se ele quiser, mas eu não agüento mais ficar aqui e ainda mais agora que aquele verme decidiu dar em cima de mim!

-E Bill? Você o ama, quer mesmo ir para longe?



Senti uma pontada no coração, aquele tipo de pontada que dá quando se ama alguém, quando já se tornou dependente dessa pessoa, não queria abandoná-lo, não queria sair de suas vidas e nem muito menos desistir da vingança, mas já não dava mais.



-Ele logo me esquecerá! – respondi de cabeça baixa.



Gustav nada disse apenas me puxou para perto e após dar um beijo em minha testa me fez deitar por cima de seu peito acariciando meus cabelos em seguida.



Sem percebermos alguém nos observava do lado de fora.

Bill não estava gostando da cena, nunca pensou que eu me aproximaria tanto de um de seus empregados.



-Anne! – entrou no quarto me assustando. –Será que podemos conversar? Lá fora? – pergunta olhando sério.

-Claro!



Assim que saímos tentei lhe dar um beijo de bom dia, porém Bill se esquivou.



-Que tipo de relação é essa que tem com um empregado meu? – pergunta, desconfiado.

-Relação de amigos, somos amigos Bill, nada mais! – respondi calmamente.

-Amizade muito estranha essa de vocês, a partir do momento que ele sair desse hospital, está proibida de trocar uma sequer palavra com ele, tanto que, quando precisar de um motorista se eu não puder ou Leo ou Mateus irá te levar ao lugar desejado...

-Bill você ta prestando atenção na idiotice que está falando? Não tenho ABSOLUTAMENTE nada com Gustav, ele vem sendo como um irmão que nunca tive, será que dá pra parar de ser ciumento? O que deu em você e Tom? Por que estão me tratando como se fosse uma qualquer?

-Anne, esse seu comportamento é inaceitável, como pode nascer uma amizade assim do nada?

-Do nada não, vamos com calma, essa nossa amizade não nasceu do nada, Gustav esteve ao meu lado em tudo o que pensei fazer, sempre me dando apoio nas idéias mais loucas que tive nesses últimos dias, tudo o que há entre nós é apenas carinho de amigos!



Bill respirou fundo, pensei que aquela cabeça dura iria aceitar, mas enganei-me.



-Já está avisado, não o quero mais ao seu lado! – diz começando a andar. –Aliás, assim que melhorar o mandarei embora, quero que fique longe de você! – finaliza andando pelo corredor até a saída me deixando com cara de besta para trás.



Entrei correndo para o quarto de Gustav, o olhei bem antes de me aproximar.



-Preciso de uma nova identidade! – afirmei séria.

-O que?

-E você também, precisará de uma nova identidade!

-Do que está falando Anne?

-Vamos sair do país, se eu for como Anne mesmo Bill poderá ir atrás de nós e fazer uma besteira. Ele quer nos separar Gustav, que mandar você embora pra eu não ficar de conversa contigo, ele ta com ciúmes de nós dois!

-Que cara mais idiota, tem um celular aí?

-Sim!



Entreguei-lhe o celular, Gustav ligou para Georg que assim que recebeu as ordens começou a mexer os pauzinhos.



-Dentro de duas semanas teremos novos nomes e nacionalidades! – diz sério, respirei fundo já sentindo a dor de abandonar os dois que mais amo...



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Capítulo 46 - You Don't Understand Me




"Você não me entende, meu querido
Você parece não saber que preciso demais de você
Você não me entende, meus sentimentos,
a razão pela qual estou respirando, meu amor..."


Roxette - You Don't Understand Me






“-Quem é Georg? – pergunta barrando minha passagem.


Engoli em seco pensando numa boa resposta para dá-lo... “



-Georg? Err... O que houve com sua mão Tom? – perguntei vendo a mão enfaixada.

-Não muda de assunto Anne foi um arranhão que levei ao pular o muro da Federal, quem é Georg? – revida perguntando novamente.

-Oras Tom... – comecei me virando de costas indo até minha bolsa procurando uma desculpa. –É o recepcionista da clinica! – respondi por fim achando que estava livre de mais perguntas.

-Na clinica só tem mulheres na recepção Anne, cara pra que mentir para mim? Já sei quem você é não precisa persistir na mentira! – diz se aproximando de mim.

-Ta ok... – comecei respirando fundo para começar a responder. –Foi um enfermeiro, pedi pra Ralf colocar alguém na linha pra me certificar que realmente ele está bem como Ralf havia me passado, mas ele mentiu Tom... – comecei um choro encenado. –Peter precisa de uma transfusão anjinho, e eu quero ajudá-lo! – finalizei me jogando em seus braços.

-An-ne... – gagueja com a voz embargada enquanto eu fazia a cena perfeitamente bem. –Ok Anne, vou fingir que acredito, mas somente por que Bill me disse que ele precisará dessa transfusão! – diz com a voz acolhedora.

-Te amo sabia? – indaguei olhando em seus olhos.

-Ama nada, você é louquinha pelo Bill! – diz se esquivando de meu abraço parecendo nervoso.

-Não é verdade, pode parecer loucura, mas sou doida pelos dois...

-Anne, por que não diz a verdade? Só aceita ir pra cama comigo por que não tem outro jeito, porque eu vivo no seu pé, você se arrasta para o Bill, é louca por ele, vive por ele! – grita me deixando confusa.

-Tom, mas por que isso agora? – perguntei sentindo uma pontada no peito.

-Eu cansei de ser o outro, você me conquistou Anne, assim como conquistou Bill, mas vejo que vocês se dão tão bem que decidi não atrapalhar mais, vou seguir minha vida como era antes! – diz saindo do quarto me deixando com os olhos cheios de lágrimas.

-Não Tom, por favor, não faça isso! Vocês me envolveram nessa, porra eu amo os dois, de uma forma diferente cada um, mas amo, por favor, não me deixa assim? – pedi o abraçando por trás deixando as lágrimas começarem a cair.

-Anne vai ver o Bill vai! – manda se soltando mais uma vez de meus braços.



Senti meu coração doer com aquele gelo de Tom, por que ele faria aquilo comigo?

Corri até o quarto de hospedes atrás de meu diário, precisava desabafar e sem Gustav naquele momento, somente aquele diário poderia-me “escutar”...



Diário de Anne Kirsten.



Tom me fez acordar para a realidade, no que foi que me transformei?

Se minha mãe estivesse viva, talvez hoje eu fosse uma moça direita, mas estou manchando sua memória sendo uma verdadeira vadia, oh Deus por que as coisas têm que ser assim?

Sabe, vendo minhas lágrimas molhar essa folha que agora escrevo, decidi que vou dar um rumo em minha vida.

Assim que Gustav melhorar, confessarei tudo á Bill, irei confessar mesmo recebendo seu ódio como resposta pelas minhas mentiras.

Sei que isso não chegará a lugar nenhum, amo os dois, e não tenho coragem de escolher apenas um, me odiarei para o resto da vida se ver algum dos dois sofrer por uma escolha mal feita por mim até por que realmente meus sentimentos estão divididos entre os dois, é isso, vou sumir da vida dos Kaulitz...



Peguei minha bolsa assim que terminei o que queria escrever, e saí correndo para o lado de fora, Richard estava aos ‘cuidados’ de Leo que o vigiava enquanto Bill não estava presente.

Senti falta de imediato quando desci as escadas da porta principal e não vi Gustav me esperando para levar-me aonde quisesse, segurei o choro e peguei o primeiro carro que continha a chave no painel.



Durante todo o trajeto pensei no que iria fazer, meus sentimentos sem misturavam num misto de dor e sofrimento, queria ter o dom de possuir dois corpos pra cada um dos gêmeos poder ter o seu, as lágrimas caiam sem permissão, queria poder sumir naquele momento, mas seria injustiça demais com meu grande amigo Gustav...



-Como ele está? – perguntei assim que encontrei o corredor de casos graves.

-Precisa da transfusão o mais rápido possível! – responde Mateus segurando algo no braço.

-E Bill?

-Foi tirar sangue junto de Ralf!

-Como eu faço pra eles tirarem o meu tamb...

-Anne que bom que chegou! – diz Georg olhando para trás me puxando de lado fazendo Mateus estranhar a cena. –Só você pode doar sangue para Gustav! – cochicha me deixando curiosa.

-Por que somente eu?

-Não faça perguntas Anne, você é O- assim como ele...

-Espera aí, como é que você sabe que sou O- se nem eu sei disso? – perguntei mais curiosa ainda, a resposta não deveria vir tão dolorida.

-Oras Anne, são da mesma família, como pode não ter... – Georg parou percebendo a idiotice que havia dito.



Senti que meu mundo decidiu desmoronar tudo de uma vez, primeiro Tom me dá um gelo que pude sentir até o centro do coração, agora isso de Gustav ser da mesma família, como assim?



-Do que você está falando? – minha voz saiu falhada devido a minha respiração meio lenta.

-Anne eu juro que não queria que soubesse dessa forma, mas essa é a verdade, você e Gustav são irmãos...

-Anne? – Bill o interrompeu vindo até nós estranhando a forma aproximada de Georg á mim.



Mesmo com Bill ao meu lado não resisti e caí num choro sentido, queria poder mais do que nunca sumir daquele lugar, sumir pra sempre, por que meus pais nunca me disseram que eu tinha um irmão mesmo eu tendo apenas cinco anos de idade? Aliás, por que esconderam Gustav? O que houve pra eu crescer longe de meu irmão?



-Anne? Anne? O que houve com ela, Ralf? – pergunta Bill me fazendo voltar do transe.

-Eu vim doar sangue Bill! – respondi ainda meio grogue sentada na poltrona de espera.

-Você precisa primeiro saber se seu sangue é compatí...

-Eu tenho certeza que seja! – exclamei convicta olhando para Ralf e em seguida para um enfermeiro que passava pelo local. –Hey moço, eu quero doar sangue para o rapaz que está precisando! – peguei o rapaz pelo braço o assustando.

-Anne vem comigo, esse enfermeiro não sabe nem do que você está falando! – diz Bill me abraçando de lado.



Bill me levou até a sala que tiraram o sangue dos três, tiraram uma pequena amostra pra mandarem até o laboratório de pesquisas avançadas que tinham na clinica e nos fizeram esperar.

Uma espera interminável, não queria falar com ninguém.

Ninguém entendia o porquê das lágrimas que rolavam sem parar em meu rosto, lágrimas que não precisavam de força alguma de minha parte para cair.



-Sei que não está a fim de conversar, vejo isso em sua expressão, e no silêncio também, mas preciso saber o que houve Anne, liguei para Tom ele parecia estranho, estava dizendo umas coisas esquisitas, você sabe se ele bebeu ou algo parecido? – pergunta Bill olhando para mim, porém eu olhava para o nada.

-Tom me deu um fora, disse que não me quer mais, que vai deixar o caminho livre pra você! – respondi com a voz chorosa.

-Mas por que isso? Tom assim como eu, te ama! Eu vivo pensando comigo mesmo o quanto isso se tornou em loucura, mas até me acostumei dividir você com ele! – diz sorrindo de canto. –Ele deve estar estressado Anne, não ligue para o que o tonto do Tom diz, quando tudo isso passar você vai ver, ele vai voltar a correr atrás de você! – afirma ainda sorrindo, porém meu coração dizia outra coisa á minha mente.

-Aconteça o que acontecer, eu amo os dois como uma louca, sinto um imenso carinho e respeito por vocês e isso levarei até o dia de minha morte! – lhe disse dessa vez o olhando nos olhos.

-Por que está dizendo isso? – pergunta ficando sério.



Nada respondi apenas lhe beijei, um beijo calmo e suave pra ele me sentir em sua boca, sentir o gosto da mulher que conheceu há meses atrás apenas para fingir um relacionamento falso, a mulher que se tornou sua cúmplice e companheira em todos os sentidos e que levaria aquele amor para onde fosse, mesmo que esse lugar seja a eternidade...



-Anne Kirsten?

-Eu, sou eu!

-Seu sangue é compatível com o do paciente, está disponível para a doa...

-Claro, doarei o quanto for preciso!

-Ok, venha comigo, por favor!



Olhei para Bill sorridente e logo após para Georg, ele não havia mentido para mim, Gustav poderia sim ser meu irmão, não sei como tudo isso aconteceu, mas estava feliz em encontrar alguém com o mesmo sangue que eu, e melhor alguém que me ama assim como eu amo, como verdadeiros irmãos.



Após retirarem a quantidade necessária para a transfusão fui levada á um quarto de repouso, precisaria descansar, meu corpo enfraqueceu depois dessa primeira doação que fiz na vida, Bill esteve ao meu lado o tempo todo.



-Já fizeram a transfusão nele? – perguntei sonolenta.

-Sim, ele está descansando e agora seria bom a senhorita descansar também! – diz acariciando meu cabelo, não deu outra, adormeci...


sábado, 18 de junho de 2011

Capítulo 45 - Try Sleeping With A Broken Heart




"Eu ainda posso ouvir dentro da minha mente
Me dizendo, me toque, me sinta
E durante todo o tempo você me contou mentiras..."


Alicia Keys - Try Sleeping With A Broken Heart





Assim que chegamos ao andar, Gustav foi em direção á escada como pedi, entrei com a chave que ela havia me dado.



-Eva? – entrei em seu apartamento.



A mesma apareceu como se tivesse visto um fantasma, me olhava assustada e com medo.



-O que faz aqui? – pergunta de longe.

-Vim te dar um oi, não posso? – perguntei sentando-me no sofá.

-Não depois de tudo o que ocorreu! – diz esfregando as mãos, impaciente.

-Ta com medo de mim Eva?

-Medo de você? – pergunta soltando uma gargalhada histérica. –Não seja ridícula garota estúpida! – finaliza nervosa.



Comecei a me aproximar lentamente dela, percebi que Eva estava sim com medo de mim.



-Nunca pensei que fosse capaz de se voltar contra mim! – sussurrei já perto dela.

-Você mereceu Julie. – começa me chamando pelo verdadeiro nome. –Me desobedeceu e ainda passou a perna em meu filho, como quer que eu me sinta, ou melhor, o que queria que eu fizesse?

-Você foi covarde, falsa, hipócrita, Eva o que fez foi injusto, estávamos juntas nisso, queríamos juntas destruir Gordon, pra que envolver aquele moleque que é seu filho? Você não deveria tê-lo colocado contra mim, você mesma não deveria ter se voltado contra mim! – desabafei quase que gritando.

-Você foi quem começou Julie, a partir do momento que se envolveu com aquele garoto metido a traficante, até estrupada você foi por causa dele, e ainda tem a coragem de dizer que eu fui a covarde? Foi você quem me apunhalou pelas costas, me traiu a confiança pra ser fiel a quem tanto te maltratou!

-Não seja ridícula Eva, os Kaulitz odeiam Gordon tanto como você e eu, só não o mataram pela pobre coitada da Simone, mas eu Eva, escute bem, eu Julie Reverbel não irei desistir de minha vingança, farei de tudo pra acabar com aquele desgraçado, e digo mais... – dei uma pausa rápida pra respirar. –Você pra mim, morreu! – finalizei começando a me retirar.

-Nem pense sair por essa porta Julie, se sair pode ter certeza que ganhará uma forte inimiga! – diz me fazendo voltar para encará-la.

-Tão forte, que me usou pra conseguir o que tanto quer... – comecei sorrindo debochadamente. –Você não é NADA sem mim Eva, é uma inútil que só consegue as coisas com ajuda de terceiros...



A tapa ardeu em meu rosto, Eva foi rápida e precisa.

Sentiu-se ofendida pelo o que havia lhe dito, meu sangue ferveu e começou a transbordar de uma forma absurda, sua imagem encostada no carro observando o feito de seu filho bastardo me veio como se fosse um flash, olhei profundamente em seus olhos.



-Tenho certeza absoluta que minha mãe nunca levantaria a mão para me bater, não será uma vadia qualquer que fará isso comigo! – andei vagarosamente em sua direção.



Eva nada disse, mas seus gritos tenho certeza que foram ouvidos pelo prédio inteiro, parti para cima com todo meu ódio. Escutei a porta se abrir rapidamente, era Gustav preocupado com os gritos, mas a me ver por cima arrancando sangue da vadia, apenas cruzou os braços observando atentamente meu feito.

Eva implorava para que eu saísse de cima, mas quanto mais ouvia seus gritos, mais sentia vontade de ouvi-los.

Só cessei a surra quando Gustav pegou em meu braço.



-Acho que já deu Anne! – diz levantando-me.

-É, de fato só de ver seu sangue me dá um grande alívio! – comentei arrumando minha roupa. –Vamos Gustav!

-Sim vamos...

-Gustav nem pense dar as costas á mim! – diz Eva se contorcendo de dor.



Estávamos já saindo quando a vaca se pronunciou, Gustav voltou até ela se abaixando pra ficar bem próximo ao seu rosto.



-Mexeu com a garota errada Eva, e você sabe bem o porquê! – diz puxando seu cabelo.

-Os dois se verão comigo pela traição! Ah verão! – exclama num grito ao nos ver saindo.



-Anne você foi perfeita! – diz Gustav sorrindo assim que saímos do elevador.

-Ela merecia Gustav... – comecei indo em direção ao carro. –Mas por que disse aquilo para ela? O que ela sabe que eu não sei? – perguntei lembrando-me do que ele disse á Eva.

-Você se tornou minha protegida Anne, e Eva sabe disso! Alimentei um carinho forte por você, um carinho que teria dado pra minha irmã falecida! – diz me fazendo engolir em seco.

-Você teve uma irmã? Ela morreu com que idade? – perguntei curiosa.

-Não quero falar sobre o assunto ok? Vamos embora! – finaliza entrando no carro.



Uma semana depois...



-Tudo pronto! – diz Tom vendo Bill carregar sua arma.

-Cadê a Anne? – pergunta o gêmeo guardando por fim sua arma carregada.

-To aqui!



Bill e Tom babaram na figura em que me transformei.

Deu a louca em mim, comprei uma peruca preta na altura do ombro, vesti uma calça bem apertada preta, botas pretas e uma jaqueta bem justa também preta.



-Já disse que amo morenas de olhos verdes? – diz Tom com uma carinha de pensador e Bill apenas me encarando.

-Não seja tolo Tom, e aí quando vamos? – perguntei rindo.

-Já estamos pronto, Bill carregou essa especialmente pra você! – responde me dando uma pistola prateada.

-Tenho certeza que nem precisará usá-la! – diz Bill por fim falando algo.

-Ah, mas nem pra tentar acertar as partes baixas do Richard? – perguntei fazendo carinha de coitada.

-Anne não inventa! Vamos logo! – diz me puxando pela mão enquanto eu sorria para Tom.



Novamente estávamos naquele local, Gustav, Georg, Leo, Mateus, Victor, Tom, Bill e eu.

A sede da policia federal era enorme, pudemos ver de onde estávamos algumas luzes de armas com laser, com toda certeza era alguma das gangues.



-E aí Victor, enterrou as bombas nos lugares corretos? – pergunta Tom baixinho.

-Com toda certeza chefe, enterrei nos possíveis lugares que as duas rivais poderiam escolher para se esconderem, até nesse território que estamos tem bombas, mas lógico que elas só explodirão se eu apertar os botões do controle! – explica enquanto todos o olhavam atentamente.

-A carga já está lá dentro Tom, chegamos tarde! – avisa Leo chegando perto de nós.

-Como sabe? – pergunta Bill curioso.

-Tem uma parte desse morro que dá pra ter uma boa visão de dentro da Federal, eles estão confiscando a carga, ela já está lá dentro!

-Merda, então deve ser por isso que eles estão esperando... – começa Tom pensativo. –Daqui a alguns minutos é a troca de turnos, é nessa hora que possivelmente as duas irão atacar! – continua olhando para o portão.

-Iremos agir antes! – diz Bill por fim sério.

-O que? – pergunta Tom surpreso.

-Prepare-se Victor... – diz novamente Bill levantando-se ignorando Tom.



Bill levantou sua arma atirando várias vezes para cima chamando a atenção dos policiais que atentos tentavam distinguir de onde vinham os disparos, Victor na mesma hora explodiu duas da bombas no sentido contrario, bastou à primeira explosão para a zorra toda começar.

Policias corriam de um lado para o outro enquanto o fogo cruzado começava entre as gangues que pensavam que uma atirou a tal bomba contra a outra, Tom saiu em disparada com Leo que sabia onde se dava a visão do local, eu não sabia o que fazer. Bill, Gustav, Georg e Mateus atiravam na direção dos policias tentando tirá-los do caminho, quando fui tentar agir senti as mãos de Bill me afastando, ele realmente me queria fora daquela.

Aquilo parecia uma guerra, homens caiam do morro abaixo de ambas as gangues, ninguém sabia ao certo de onde vinham os tiros, mas conforme homens da gangue tanto de Richard como de Marco eram atingidos e excluídos pelos próprios chefões a policia via de onde vinham alguns dos disparos. As explosões de Victor não paravam, estava me sentindo uma inútil naquele meio, queria poder fazer algo, foi quando decidi ir atrás de Tom.

Bill não me viu sair de seu lado, consegui chegar onde os dois estavam rapidamente, cheguei até o muro e pude perceber que já haviam quebrado a segurança que havia nele, pulei cautelosamente observando se não teria algum perigo, no local havia homens caídos no chão atingidos provavelmente pelos dois que invadiram o local, corri até o caminhão blindado onde estava a carga, Tom e Leo se encontravam no interior do carro já prontos pra quebrarem a barreira de policiais que Bill e companhia tentava a todo custo eliminarem.

Entrei na parte de trás ouvindo Tom mexendo em sua arma para atacar.



-Nem pense nisso Tom! – avisei de cara temendo levar um tiro de graça.

-O que faz aqui Anne, quer deixar Bill preocupado porra, ele sabe que está aqui? – pergunta me observando.

-Não sabe não...

-É agora Tom! – interrompe Leo ligando o motor.

-Se abaixe Anne! – avisa Tom preparando uma brecha na janela do carro somente para passagem do cano da arma. –Pisa fundo Leo! – ordena num grito.



Senti um forte calafrio percorrer meu corpo ao ouvir as balas acertando a lataria do carro que mesmo blindado para o caso de ataques de gangues, me fazia temer qualquer falha.

Tom passou atirando em todos que entravam em seu caminho, Leo fazendo ziguezague com o caminhão conseguiu deixar policiais gravemente feridos ao serem atropelados, ao passar da zona de risco e entrar na estrada de terra para evacuar o local levantei-me para ver o que se passava, Tom e Leo tinham em seus rostos expressões fantasmagóricas, talvez não estivesse acreditando que havia conseguido tirar uma carga de dentro da Federal, Tom só mudou sua expressão ao ouvir seu celular tocando.



-Pronto.

-Anne está com você?

-Sim Bill, está, e vocês como estão?

-Peter e Victor foram atingidos, já estamos voltando para os carros, precisamos urgente tirar Peter daqui...

-Foi muito grave?

-Dois tiros na perna e um no abdômen, o cara precisa de um hospital o mais rápido possível, vá direto pra mansão, iremos levá-lo naquela clinica particular! Cuide de Anne!

-Boa sorte para o Peter...



-O que houve com Peter? – perguntei em desespero.

-Foi atingido...

-Onde, como ele ta?

-Calma Anne, foi atingido no Abdômen e perna...

-Me deixa descer, quero vê-lo Tom!

-Não, não sou louco de deixar você descer, Bill já foi levá-los á clinica, aquieta seu rabo Frances aí e fique calada! – ordena me fazendo ficar quieta.

-Você disse levá-los? – pergunta Leo curioso.

-Victor também foi atingido!

-Eles vão se sair bem dessa! São homens fortes, não serão algumas balinhas que irão pará-los.

-Que Deus te ouça Leo! – cochichei pra mim mesma abraçando minhas pernas, sentada em cima das drogas pensando em Gustav.



No meio do caminho tivemos uma surpresa não muito agradável, Richard com apenas dois de seus empregados estava parado no meio do caminho.



-Leo se prepara pra acertar a cabeça de um, eu acerto a de outro, quero Richard vivo! – diz Tom colocando novamente sua arma pra fora.



Os três começaram a atirar incessantemente no vidro dianteiro do caminhão, Richard estava convicto que poderia romper a barreira blindada e acertar os dois que ali estavam.

Ao se aproximar dos três Tom e Leo apontou suas armas na direção de seus alvos, acertando um na cabeça como Tom havia dito e outro no peito.



Richard ficou sem escapatória, tentou fugir correndo para o meio do mato, mas Leo foi mais rápido jogando o caminhão por cima do mesmo, descemos os três atrás dele, era ótimo vê-lo tão próximo depois de tudo o que fez comigo.



-E aí anjinho, o que quer que eu faça com ele? – pergunta Tom me vendo chegar perto deles.



Leo e Tom apontavam a arma para cabeça de Richard que deitado no chão com as mãos na cabeça temia pela sua vida.



-Por acaso vocês teriam uma corda ou algo que poderia amarrá-lo e lavá-lo conosco? – perguntei vendo a cara de curioso dos dois.

-Sempre eu ando com algemas na bolsa, sabe como é né, tem umas gatinhas que adora joguinhos de policia na ca...

-Poupe-nos de suas histórias pervertidas Leo, pegue-as e traga até nós! – ordena vendo o mesmo ir até sua bolsa.

-Quero levá-lo para a mansão, lá veremos o que vamos fazer! – finalizei voltando ao caminhão.



Assim que chegamos à mansão corri para o telefone, queria noticias de Gustav.

Liguei para Georg, ele me daria informações mais precisas.



-Georg, como ele ta? – perguntei num cochicho assim que o mesmo atendeu.

-Ele chegou com febre alta aqui Anne, o efeito foi rápido, to torcendo pra que dê tudo certo pra nosso amigo! – diz me fazendo começar a chorar.

-Qualquer coisa me liga ta? Mantenha-me informada de tudo! – finalizei desligando o telefone.



Enxuguei as lágrimas me virando em seguida, tomei susto ao ver Tom encostado na porta me observando atentamente.



-Com quem estava falando? – pergunta sério.

-Ralf! Estava perguntando como está a situação dos dois! – respondi tentando passar por ele.

-O que rola entre você e Peter? Vejo tanto você de conversinha com ele! – pergunta pegando em meu braço.

-Ele é meu amigo Tom, gosto de conversar com ele! – respondi de cabeça baixa.

-Sei... Amigo! - diz me olhando de canto.



Livrei-me de suas mãos subindo para o quarto, chegando, logo pude ouvir meu celular tocando, corri até ele imaginando ser Georg, e não me enganei.



-Como ele ta Georg? – perguntei assim que atendi.

-Mal Anne, ele perdeu muito sangue, os médicos acham que ele precisará de uma transfusão caso o hospital não tenha o tipo de sangue dele, foram conferir agora é esperar!

-Eu to indo para aí!

-Não! É melhor não Anne, Bill pode se enfurecer...

-Dane-se quero ficar perto do meu amigo!



Finalizei a ligação pegando a bolsa em seguida, Tom estava me esperando na porta, pelo jeito estava escutando desde o inicio.



-Quem é Georg? – pergunta barrando minha passagem.





Engoli em seco pensando numa boa resposta para dá-lo...





Os capítulos começarão a ficar maiorzinhos a partir daqui!

Vou sentir saudades daqui, sério! '-'

Mas nada dura para sempre. =)

Faltam 5... =O

Beijos.


Ps.: Como prometido, Deluxe Boy está no ar.